Uma informação acaba de vazar. Ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) estão insatisfeitos com a decisão de Alexandre de Moraes de levar o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro à 1ª Turma da Corte. Para eles, um caso de tamanha relevância deveria ser analisado pelo plenário do STF, que reúne todos os ministros, seguindo o mesmo critério adotado para os réus do 8 de janeiro.
Segundo a Folha de S.Paulo, há um entendimento entre os magistrados de que um julgamento no plenário daria mais legitimidade ao veredicto, evitando questionamentos sobre a imparcialidade do processo. O principal argumento é que a composição da 1ª Turma — formada por Moraes, Flávio Dino, Cristiano Zanin, Cármen Lúcia e Luiz Fux — levanta suspeitas, já que quatro dos cinco ministros foram indicados pelo presidente Lula.
Nos bastidores, acredita-se que Moraes quer evitar levar o caso ao plenário para impedir debates e divergências mais amplas. A presença dos ministros indicados por Bolsonaro, André Mendonça e Kassio Nunes Marques, poderia gerar resistência e exposições públicas de discordâncias dentro da Corte.
Os julgamentos dos réus do 8 de janeiro, conduzidos pelo plenário, foram marcados por discussões acaloradas. No caso de Aécio Lúcio Costa Pereira, primeiro condenado pelos atos de vandalismo, Moraes sugeriu uma pena de 17 anos de prisão, enquanto Nunes Marques abriu divergência e propôs apenas dois anos e seis meses.
A condução do julgamento de Bolsonaro na 1ª Turma pode reforçar questionamentos sobre um possível viés político na decisão. A pressão para que o caso seja levado ao plenário aumenta dentro do próprio STF, o que pode resultar em uma contestação formal à escolha de Moraes.
Moraes está perdendo força... Surge um fio de esperança.
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