Luis Roberto Barroso, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu rebater matéria da revista britânica The Economist sobre o excesso de poderes de Alexandre de Moraes.
No texto, o magistrado comete uma série de erros, omissões e falácias, mas um trecho é ainda mais grave, pois claramente é uma confissão de parcialidade, algo inconcebível para um juiz.
Barroso afirma que o “enfoque dado na matéria [da The Economist] corresponde mais à narrativa dos que tentaram o golpe de Estado do que ao fato real de que o Brasil vive uma democracia plena, com Estado de direito, freios e contrapesos e respeito aos direitos fundamentais”.
Ora, trata-se de uma nota oficial do STF que reconhece ter havido tentativa de golpe. Ou seja, parece que o julgamento, ainda em curso, já foi feito. Estamos diante de um teatro.
Como que o STF que assume ter havido tentativa de golpe pode ter legitimidade para julgar se houve uma tentativa de golpe?
Confissão explícita. O STF não tem mais legitimidade para prosseguir com esse julgamento.
Gonçalo Mendes Neto. Jornalista.
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