Cinco opositores do regime ditatorial de Nicolás Maduro, abrigados na embaixada da Argentina em Caracas desde agosto, enviaram uma carta ao presidente Lula cobrando ação efetiva do Brasil diante da covarde perseguição promovida pelo chavismo.
Apesar de a sede diplomática estar sob custódia do Brasil — após a expulsão dos diplomatas argentinos, motivada pela coragem do presidente Javier Milei em denunciar as fraudes nas eleições venezuelanas —, o governo Lula segue em cima do muro. A bandeira do Brasil tremula na embaixada, mas a omissão diante das violações de direitos humanos grita.
O regime bolivariano se recusa a conceder o salvo-conduto exigido pela Convenção sobre Asilo Diplomático, que prevê autorização imediata para a saída dos asilados. Mesmo assim, o Palácio do Planalto adota um tom brando, hesitante, enquanto opositores seguem sitiados e sem garantias básicas.
Em carta contundente, os refugiados políticos, ligados à líder democrática María Corina Machado, agradecem a proteção brasileira, mas denunciam que o Brasil tem se mostrado fraco e sem pressa para resolver a situação.
“Ou o Brasil lidera e dá exemplo, ou perde de vez a credibilidade como defensor dos direitos fundamentais”, afirmam.
Os opositores alertam ainda para o duplo padrão do governo Lula. Enquanto se apressou em garantir asilo para figuras como Nadine Heredia — ex-primeira-dama condenada por corrupção no Peru —, deixa à própria sorte verdadeiros perseguidos políticos na Venezuela.
Fontes do governo alegam estar negociando com o regime de Maduro, mas os asilados relatam seguidos episódios de abuso: cortes de energia, bloqueio de alimentos, remédios e até água — em plena sede diplomática, sob responsabilidade brasileira.
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