Mensagens trocadas entre Airton Vieira, juiz instrutor do gabinete de Alexandre Moraes no Supremo, Marco Antônio Vargas, juiz auxiliar de Moraes no TSE, e Eduardo Tagliaferro, então chefe do Assessoria Especial de Enfrentamento à Desinformação (AEED) do TSE, relevam como funcionava a dinâmica de pedidos extraoficiais feitos pelo gabinete de Moraes.
Em dezembro de 2022, Vieira enviou mensagem a Tagliaferro com um pedido específico. Segundo o jornal, o juiz instrutor de Moraes pediu ao técnico do TSE uma levantada sobre “revistas golpistas para desmonetizar nas redes”. A solicitação foi acompanhada de um link do X da revista Oeste.
No dia seguinte ao pedido, Tagliaferro reportou que encontrou apenas “publicações jornalísticas” na Oeste e questionou o auxiliar de Moraes sobre o que deveria colocar no documento. “Use a sua criatividade… rsrsrs”, respondeu Vieira, orientando Tagliaferro a inserir no relatório “opiniões mais ácidas”.
Nesta sexta-feira (18), durante a busca e apreensão realizada pela Polícia Federal na casa de Jair Bolsonaro, segundo relato do ex-presidente, alguém pediu para ir no banheiro e voltou com um pendrive, dizendo ter encontrado.
“Uma pessoa pediu para ir no banheiro e voltou com um pendrive na mão (…) eu nunca abri um pendrive na minha vida, eu não tenho nem laptop em casa para mexer com pendrive.”
Parece que a PF está tentando usar a tal da “criatividade”.
Como parece ter sido feito no caso Fiilipe Martins.
Gonçalo Mendes Neto. Jornalista.
Veja o vídeo:
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