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sexta-feira, 25 de julho de 2025

Bruno Henrique vira réu por estelionato e manipulação de partida Jogador do Flamengo responderá por três crimes. O atacante foi denunciado pelo Ministério Público e agora passa a responder criminalmente

metrópoles 

 atualizado 

Vinícius Schmidt/Metrópoles
Jogador Bruno Henrique do Flamengo
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A 7ª Vara Criminal de Brasília aceitou a denúncia do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) nesta sexta-feira (20/7) e tornou réu o atacante do Flamengo Bruno Henrique por manipulação de resultado, após ele ter recebido um cartão amarelo para favorecer apostadores, em uma partida válida pelo Campeonato Brasileiro de 2023.

Com isso, o atleta passa a responder criminalmente pelos crimes de manipulação de resultado esportivo, estelionato consumado em coautoria e tentativa de estelionato em coautoria (duas vezes) — a pena máxima pode chegar a 17 anos. O caso foi revelado em primeira mão pelo Metrópoles.

De acordo com promotores do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), Bruno Henrique foi incentivado pelo irmão, Wander Nunes Pinto Júnior, a forçar o cartão amarelo na partida entre Flamengo e Santos.

Os promotores salientam que o atacante agiu com consciência e foi instigado pelo próprio irmão a cometer uma falta e receber um cartão amarelo no confronto.

Os promotores relatam que, após ser avisado por Bruno Henrique de que receberia o amarelo, Wander Nunes comunicou a informação a familiares — segundo a Polícia Federal (PF), o último contato do atacante foi uma ligação com o irmão às vésperas da partida. Um dos amigos de Wander disseminou a informação para um núcleo de apostadores, que então fizeram apostas específicas no cartão amarelo do jogador — o que, de fato, ocorreu.

“Assim, todos os acusados, cientes de que se tratava de um acontecimento já ajustado e encaminhado, efetivaram apostas ‘prevendo’ o mencionado cenário. No dia aprazado, então, 01/11/2023, durante a partida entre Flamengo e Santos, Bruno Henrique realmente cumpriu com a palavra dada a Wander e forçou um cartão amarelo já nos minutos finais da partida, sendo punido, logo depois, com o cartão vermelho, por ter xingado o árbitro”, explicaram os promotores na denúncia.

Um ponto que chama a atenção dos investigadores é o fato de que as contas que realizaram as apostas no atacante eram recém-criadas. Conforme revelado pelo Metrópoles e citado na denúncia do MP, mais de 95% das apostas feitas foram direcionadas especificamente ao recebimento de cartão amarelo por Bruno Henrique.

“Para ser mais específico, no caso da Betano, 98% do volume de apostas para o mercado de cartões foi direcionado para que Bruno Henrique os recebesse — percentual próximo aos 95% identificado pela GaleraBet e compatível com a constatação apresentada pela KTO, de que houve um claro direcionamento para o evento em questão”, destacam os promotores.

“Assim, ao analisar o grupo de apostadores que registraram as apostas suspeitas, verificou-se que ou eram usuários titulares de contas recém-criadas nas plataformas — o que revela o objetivo específico de apostar naquele mercado de cartões e na punição de Bruno Henrique — ou eram clientes antigos que destoaram de seus padrões anteriores de apostas e elevaram consideravelmente os valores investidos naquele caso específico”, concluem.

Denunciado

Promotores do Gaeco consideraram que o jogador teria combinado a aplicação de um cartão amarelo para beneficiar apostadores.

A denúncia foi protocolada nesta quarta-feira (11/6) e acompanha o pedido de indiciamento feito pela Polícia Federal (PF), que apontou o envolvimento do atleta e de outras nove pessoas pelos crimes de estelionato e fraude em competição esportiva. O caso foi mostrado em primeira mão pelo Metrópoles.

“Nos termos em que será adiante detalhado, a presente denúncia tem por objeto a imputação de crimes de fraude a resultado ou evento associado à competição esportiva (art. 200 Lei nº 14.597/2023), bem como de crimes de estelionato praticados em desfavor de pessoas jurídicas que atuam como agentes operadores de quota fixa, nos termos da Lei nº 14.790/2023”, diz o MPDFT.

10 imagens
Jogador do Flamengo foi indiciado por estelionato e fraude em competições esportivas
Mais 10 pessoas foram indiciadas, além do atacante
Bruno Henrique foi indiciado pela Polícia Federal
O título da Supercopa de 2025 coroou o atacante como o jogador com mais títulos na história do Rubro-Negro
Flamengo vem de goleada sobre o Juventude

Defesa

Em nota enviada ao Metrópoles, a defesa do jogador contesta a denúncia (leia abaixo).

“A denúncia oferecida pelo MPDFT, além de inteiramente insubsistente, é manifestamente aproveitadora, dado o contexto em que oferecida, coincidentemente na mesma data em que divulgada a lista de jogadores inscritos para o Super Mundial de Clubes da FIFA, na qual consta o Sr. Bruno Henrique.

Embora a medida do órgão ministerial seja oportunista, a sua defesa esclarece que as indevidas acusações formuladas serão técnica e imediatamente refutadas no processo.”

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