O chanceler brasileiro Mauro Vieira afirmou nesta segunda-feira (7) que, caso o governo de Donald Trump imponha sanções contra Alexandre de Moraes, o Brasil deve “não dar importância. Virar as costas e seguir”. Ele questionou a utilidade de uma reação enérgica, perguntando: “O que o Brasil poderia fazer? Virar a cara, dizer que está zangado?”.
A fala foi dada após Trump afirmar que Bolsonaro sofre perseguição política. Apesar da postura, o diplomata acredita que tais sanções “não virão. Porque não tem cabimento. As leis americanas são aplicadas nos EUA. As leis brasileiras são aplicadas no Brasil”.
Deputados republicanos, incentivados por Eduardo Bolsonaro, têm articulado sanções a Moraes, citando que o ministro está cerceando a liberdade de expressão de empresas norte-americanas no Brasil.
Em entrevista à Folha de S. Paulo na sexta-feira (4) – antes das recentes postagens de Trump –, Mauro Vieira já havia rebatido as acusações de que Moraes seria um ditador. “Eles argumentam. Mas [Moraes] não é [ditador]. Simplesmente não é. Precisam se informar melhor”, disse.
Vieira também afirmou que o governo brasileiro deixou claro às autoridades dos EUA que não concordará com sanções ao magistrado. Ele explicou que a embaixada brasileira em Washington, chefiada por Maria Luiza Ribeiro Viotti, esclareceu que “não há extraterritorialidade das decisões judiciais em geral, e do Supremo muito menos”.
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