O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) declarou que vai protocolar um novo pedido de impeachment contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), após a decisão que bloqueou as contas bancárias e o sistema de Pix de seu irmão, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP).
Segundo Flávio, Moraes estaria utilizando o Judiciário para sufocar opositores políticos.
“Para 'salvar a democracia', Alexandre de Moraes continua usando os mesmos métodos que acabaram com a democracia no Brasil”, afirmou o senador, em crítica direta à conduta do ministro.
Em tom ainda mais duro, o parlamentar acusou Moraes de agir com autoritarismo e de tentar forçar delações:
“Tortura suas vítimas com todos os aparelhos que tem à sua disposição: de asfixia financeira a ameaça de prisão de familiares para fabricar uma falsa delação”.
Ele também afirmou que o magistrado é “a espinha de peixe na garganta do Brasil” e que deve ser afastado por meio de processo constitucional.
No mesmo dia, lideranças do PL anunciaram a criação de três comissões na Câmara dos Deputados como resposta institucional às decisões do Supremo. As frentes serão coordenadas pelos deputados Gustavo Gayer (PL-GO), Cabo Gilberto (PL-PB), Zé Trovão (PL-SC) e Rodolfo Nogueira (PL-MS), com foco em comunicação, mobilização parlamentar e articulações nacionais — especialmente com setores como o agronegócio e os caminhoneiros.
O grupo também reforçou duas prioridades imediatas: avançar com o projeto de anistia aos condenados pelos atos de 8 de janeiro e articular politicamente um novo processo de impeachment contra Moraes no Senado. A oposição promete intensificar as ações nas próximas semanas.
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