- Em momentos de grave tensão institucional, é comum ouvir vozes afirmarem que a liberdade pode ser relativizada em nome da estabilidade econômica. Trata-se de uma falácia perigosa. A história é clara ao demonstrar que onde não há liberdade, o que prospera não é uma economia saudável, mas sim um sistema controlado, centralizador e seletivo: um regime.
- Regimes autoritários podem até simular crescimento por algum tempo. Manipulam números, direcionam investimentos, controlam a informação e criam a ilusão de normalidade. Mas tudo isso tem um preço alto: a eliminação gradual das garantias individuais, a supressão do pensamento livre e a criminalização da oposição.
- Muitos sabem disso. Muitos enxergam os sinais. Mas preferem se calar - ou pior, fingem não ver - apenas para manter seus espaços no "jogo permitido". São coniventes. Aceitam as regras impostas pelo poder de turno desde que possam continuar participando, ainda que sob a condição de submissão.
- A pergunta que precisa ser feita é simples: de que serve uma economia que se desenvolve às custas do silêncio forçado, da censura institucional e do medo generalizado? O desenvolvimento sem liberdade é, no fundo, apenas fachada. E quando o véu cai, resta um país enfraquecido, com instituições capturadas e cidadãos reféns do próprio Estado.
- Não há liberdade parcial. Não há democracia relativa. Não há economia vibrante em ambiente de medo.
- Ignorar essa realidade é ser cúmplice.
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