Em janeiro de 2023, milhares de brasileiros, pacificamente acampados diante de quartéis, acreditaram que ali estariam sob a guarda da instituição que deveria ser o último reduto de confiança nacional: o Exército. A resposta, no entanto, foi uma das maiores traições já registradas em nossa história recente.
Depois das manifestações na praça dos três poderes, os acampados em frente ao QG do exercito, em Brasília, foram presos. Cumprindo ordens do STF, prenderam aqueles que pediam apenas para serem ouvidos e foram, em seguida, entregues em massa às prisões. A perfídia, condenada até nos códigos de guerra, foi praticada contra cidadãos desarmados.
Agora, o mesmo Exército anuncia que não mais permitirá manifestações próximas aos quartéis. Ameaça com “tolerância zero” os mesmos brasileiros que um dia confiaram suas vidas à instituição. Mas quem sobreviveu à perfídia não teme retórica. Porque já enfrentou o que há de mais cruel, a quebra da palavra, a entrega traiçoeira, a conivência silenciosa com um regime de exceção que persegue e cala conservadores.
Tolerância zero não assusta, até porque o último lugar que um brasileiro iria hoje para se manifestar, ou até mesmo se proteger, seria um quartel do exército. O que assusta é ver a instituição que deveria ser a guarda da soberania nacional se transformando em braço auxiliar de quem governa pelo medo. A perfídia de 8 de janeiro é uma ferida que não cicatriza e que não será apagada por "comunicados oficiais".
Pleno.News - 01/09/2025 17h34 | atualizado em 01/09/2025 18h07
Nicolás Maduro Foto: EFE/ Ronald Peña R.
O ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, relatou, nesta segunda-feira (1º), que oito navios militares mobilizados pelos Estados Unidos com 1.200 mísseis e um submarino nuclear estão “mirando” em direção ao país sul-americano, o que ele descreveu como uma “ameaça extravagante, injustificável, imoral e absolutamente criminosa” que considera “comparável” à crise de 1962 em Cuba.
– A Venezuela está enfrentando a maior ameaça que já foi vista em nosso continente nos últimos 100 anos. Eles [o governo dos EUA] quiseram avançar para o que chamam de pressão máxima, neste caso, pressão militar, e diante da pressão militar máxima, nós declaramos preparação máxima para a defesa – analisou Maduro em entrevista coletiva com a imprensa internacional.
Na opinião do autocrata venezuelano, “eles montaram” contra o país sul-americano “uma farsa” e “a pressão máxima extravagante, extravagante, imoral e brutal” é “apenas comparável, na época, à crise” de 1962, quando a antiga União Soviética tentou instalar mísseis nucleares de médio alcance em Cuba, o que provocou uma crise com os EUA que colocou as duas superpotências à beira de um conflito atômico.
Maduro afirmou que as autoridades americanas “estão cometendo um erro ao criar” o que ele descreveu como uma “narrativa muito, muito absurda” sobre uma luta contra o narcotráfico para justificar o envio de “navios de guerra”, insistindo que a Venezuela “tem um histórico em sua luta” contra o comércio ilegal de narcóticos.
Nesse contexto, o ditador chavista ressaltou que os dois canais de comunicação que o país tem com os EUA – um com o encarregado de negócios interino do chamado Escritório Externo dos Estados Unidos para a Venezuela, John McNamara, e outro com o Richard Grenell, enviado especial do presidente Donald Trump – foram “quebrados e maltratados”.
No entanto, Maduro esclareceu que a Venezuela continuará a “recuperar” seus migrantes no exterior, incluindo aqueles deportados pelos Estados Unidos.
Enrique de Abreu Lewandowski, filho do ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, integra o corpo jurídico da Terra Nova Trading, empresa mencionada em investigação sobre esquema de fraude bilionária. A apuração é conduzida pelo Ministério Público de São Paulo (MPSP), Polícia Federal (PF) e Receita Federal, que identificaram possíveis conexões entre o Primeiro Comando da Capital (PCC), o setor de combustíveis e instituições financeiras no Brasil. A informação veio a público nesta segunda-feira (1).
Registros judiciais mostram que Enrique Lewandowski atua como defensor da Terra Nova Trading em processos na Justiça brasileira. A empresa foi citada durante a Operação Carbono Oculto, que investigou esquemas de fraudes fiscais e lavagem de dinheiro.
Mohamad Hussein Mourad, descrito pelo MPSP como "epicentro das operações" no esquema investigado, teria utilizado a Terra Nova Trading em suas operações. A importação de nafta era realizada com alíquota de 1%, enquanto em São Paulo a tributação normal seria de 25%.
Documentos judiciais indicam que Enrique Lewandowski representa a Terra Nova Trading em um processo tributário no Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1), com último movimento processual registrado em 2019. Ele também atua em outro processo da empresa no Tribunal de Justiça de São Paulo, iniciado em 2021.
O ministro Ricardo Lewandowski não se pronunciou sobre o assunto até o momento. A assessoria de Enrique Lewandowski, por sua vez, emitiu nota esclarecendo sua atuação profissional.
"O advogado Enrique Lewandowski não atua no caso citado pela reportagem. Ele atua nas áreas cível e tributária para a Terra Nova Trading desde 2018. Enrique não advoga em temas criminais e não conhece processos nos quais não está constituído como representante legal. Ele repudia qualquer tentativa de criminalização da atividade advocatícia, reafirmando o compromisso com a legalidade e a ética profissional", afirma a nota.
A Terra Nova Trading negou envolvimento em atividades ilegais. Em comunicado, a empresa confirmou que Enrique Lewandowski atua como seu representante legal desde 2018 em processos cíveis e tributários, conforme registros judiciais disponíveis.
Fundada em 1994, a Terra Nova Trading iniciou suas atividades na importação de automóveis para o Brasil. A empresa expandiu suas operações ao longo de três décadas, oferecendo serviços de importação e logística em toda a cadeia do comércio exterior.
No comunicado divulgado, a Terra Nova Trading afirmou ser exclusivamente prestadora de serviços, sem vínculos societários ou administrativos com a empresa Copape/Aster. A empresa informou que a Copape não é sua cliente desde janeiro de 2023, tendo mantido relação comercial por um curto período.
A Terra Nova Trading declarou que durante o período em que manteve relações comerciais com a Copape, todos os produtos importados seguiram a modalidade de importação indireta, permitida pela legislação brasileira. Segundo a empresa, estas operações foram certificadas pelos órgãos competentes, incluindo a Receita Federal do Brasil.
A empresa afirmou que nunca recebeu auto de infração do governo de São Paulo ou de autoridades federais. A Terra Nova Trading classificou como falsas as alegações contrárias, reiterando que suas atividades estão em conformidade com a legislação brasileira.
No comunicado, a empresa disse que não praticou atividades em desacordo com as leis brasileiras durante a prestação de seus serviços. A Terra Nova Trading esclareceu que não possui controle sobre a gestão interna de seus clientes, incluindo o destino final dos produtos importados, mercados de atuação, estratégias de precificação e outras decisões comerciais.
A manchete dos jornais focou no indulto que Tarcísio, uma vez eleito presidente, daria a Bolsonaro. “Primeiro ato”, enfatizou o governador.
Mas essa não é, nem de longe, a parte mais importante da fala de Tarcísio. O que realmente importa, e deveria ter sido a manchete, é o que vem em seguida: “não posso falar que confio na Justiça”.
Eu e você, meros opinadores do quadro geral da política nacional, podemos fazer e externar a avaliação que quisermos sobre a atuação do STF. Nossa opinião é só isso, uma opinião. Mas quando um governador de Estado (e não qualquer Estado) o faz, é sinal de que algo está muito fora do lugar.
Muitos criticarão Tarcísio por duvidar da lisura dos processos conduzidos no STF. A crítica não virá somente de seus adversários políticos, alinhados circunstanciais do STF, mas também dos que, sem preferência partidária explícita, se colocam como defensores das instituições brasileiras. Afinal, do governador se esperava, ao menos, que guardasse as aparências de alguma institucionalidade.
Mas, no mesmo jornal, algumas páginas antes, temos um editorial condenando justamente o gosto que alguns ministros têm pela política. Se os políticos veem o Tribunal como uma agente político, diz o editorial, é porque os ministros “reforçam essa caricatura”. Assim, a manifestação do governador de São Paulo é somente o reflexo de um estado de coisas criado pelo próprio Supremo.
Em sua posição institucional, Tarcísio poderia ter sido mais cerimonial, guardando uma distância protocolar desse tipo de polêmica. Mesmo porque, Bolsonaro nem condenado foi ainda, então não haveria que se falar de indulto neste momento. No entanto, se o governador escolheu o caminho do confronto institucional, é porque vê o STF como um aliado de seus adversários políticos, uma situação em que o próprio Supremo se colocou.
Marcelo Guterman. Engenheiro de Produção pela Escola Politécnica da USP e mestre em Economia e Finanças pelo Insper.
Pleno.News - 01/09/2025 15h21 | atualizado em 01/09/2025 16h04
Primeiro-ministro indiano Narendra Modi, presidente russo Vladimir Putin e presidente chinês Xi Jinping Foto: EFE/EPA/SUO TAKEKUMA / POOL
O presidente da China, Xi Jinping, propôs, nesta segunda-feira (1), a criação da Iniciativa de Governança Global (IGG), possível embrião de uma nova ordem mundial. A proposta foi divulgada durante encontro com a presença de 20 líderes de países não ocidentais, incluindo o russo Vladimir Putin e o indiano Narendra Modi.
No discurso oficial da reunião, Xi Jinping afirmou que a governança global estaria ameaçada pela “mentalidade da Guerra Fria, o hegemonismo e o protecionismo” que continuariam a “assombrar o mundo” após 80 anos do fim da 2ª Guerra Mundial e da criação das Nações Unidas (ONU).
– O mundo encontra-se num novo período de turbulência e transformação. A governança global chegou a uma nova encruzilhada. A história nos diz que, em tempos difíceis, devemos manter nosso compromisso original com a coexistência pacífica, fortalecer nossa confiança na cooperação vantajosa para todos – disse o líder chinês.
A proposta de Xi foi divulgada na Organização para Cooperação de Xangai Plus (OCX), fórum fundado em 2001, que reúne 10 países membros, sendo dois observadores e 15 parceiros.
O evento na China ocorre em meio à guerra comercial promovida pelos Estados Unidos (EUA) contra adversários e aliados, incluindo a Índia, taxada em 50% por Trump. Os EUA exigem que a Índia pare de comprar óleo russo, medida que Nova Délhi se recusa a aceitar.
Na reunião desta segunda-feira, o presidente indiano Narendra Modi apareceu, aos sorrisos e de mão dadas, com os homólogos russo e chinês. Esta foi a primeira vez, em sete anos, que o primeiro ministro indiano viajou à vizinha China. Os gigantes asiáticos têm uma relação marcada por tensões regionais, geopolíticas e disputas fronteiriças.
A 24ª cúpula da OCX em Tianjin, cidade costeira do Norte da China, acontece às vésperas das comemorações do “80º aniversário da vitória na Guerra de Resistência do Povo Chinês contra a Agressão Japonesa e na Guerra Antifascista Mundial”.
A celebração marca o fim da 2ª guerra mundial para os chineses, que lutavam contra a ocupação japonesa. Segundo a diplomacia em Pequim, são esperados 50 líderes mundiais no desfile militar da próxima quarta-feira (3).
CINCO PRINCÍPIOS
No encontro desta segunda, em Tianjin, o presidente da China Xi Jinping propôs uma nova governança global baseada em cinco princípios: igualdade soberana entre estados; respeito ao direito internacional; pratica do multilateralismo; abordagem centrada nas pessoas; adoção de medidas concretas.
– Devemos defender que todos os países, independentemente de tamanho, força e riqueza, sejam participantes, tomadores de decisão e beneficiários iguais na governança global. Devemos promover maior democracia nas relações internacionais e aumentar a representação e a voz dos países em desenvolvimento – justificou Xi.
Para o presidente da China, “devemos defender a visão de uma governança global com ampla consulta e contribuição conjunta para benefício compartilhado, fortalecer a solidariedade e a coordenação e nos opor ao unilateralismo”.
RÚSSIA
O presidente da Rússia, Vladmir Putin, destacou que uma dúzia de Estados são candidatos para participar da OCX, o que demonstraria o interesse de parte da comunidade internacional no “diálogo aberto e transparente” da organização. Putin também elogiou a proposta de nova governança global da China.
– A Rússia apoia a iniciativa de Xi Jinping e está interessada em iniciar discussões específicas sobre as propostas apresentadas pela China. Acredito que é a OCS que poderia assumir o papel de liderança nos esforços que visam moldar um sistema de governança global mais justo – afirmou o líder de Moscou.
ÍNDIA
O presidente da Índia, Narendra Modi, agradeceu a China pela organização do evento e destacou, em uma rede social, a “excelente” reunião com Vladimir Putin, pivô das tarifas imposta por Washington contra Nova Délhi.
– Discutimos maneiras de aprofundar a cooperação bilateral em todas as áreas, incluindo comércio, fertilizantes, espaço, segurança e cultura. Trocamos opiniões sobre processos regionais e globais, incluindo a solução pacífica do conflito na Ucrânia. Nossa Parceria Estratégica Privilegiada Especial continua sendo o pilar mais importante da estabilidade regional e global – escreveu Modi.
O senador General Hamilton Mourão soltou o verbo no X:
"É importante que todos entendam!
O julgamento que se inicia amanhã, tendo como réus o Presidente Bolsonaro e seu núcleo de assessoramento mais próximo, não é apenas um simples processo jurídico, em verdade é o ocaso de uma vingança política.
Infelizmente, no Brasil do PT, fortalecido pela hipertrofia da Suprema Corte, propositalmente, fizeram com que divergências ideológicas se transformassem em 'condutas criminosas' e liberdade de expressão em direito relativo.
A quase certa condenação dos réus abrirá um precedente perigoso e enfraquecerá ainda mais a nossa democracia.
Uma reportagem do Estadão identificou mais 4 gabinetes de ministros envolvidos em um esquema de venda de decisões e vazamento de informações do Superior Tribunal de Justiça (STJ).
Assim, a PF já encontrou minutas que citam oito magistrados da corte. O relatório aponta que não há indícios de envolvimento dos ministros e pede apuração da origem dos documentos
Diante das novas descobertas de vazamento de minutas dos gabinetes de Marco Buzzi, Antônio Carlos Ferreira, João Otávio de Noronha e Ricardo Villas Bôas Cueva, a investigação pode ampliar seu escopo para um total de oito gabinetes, correspondente a quase um quarto da Corte, formada por 33 magistrados.
Os outros quatro gabinetes que já eram alvo de apuração são de Isabel Galotti, Moura Ribeiro, Nancy Andrighi e Og Fernandes.
Em documento enviado ao ministro Cristiano Zanin, do Supremo Tribunal Federal, a PF falou sobre um “volume expressivo de novas provas”.
“Parte relevante desse material não apenas reforça hipóteses previamente estabelecidas, como também amplia o escopo investigativo, revelando conexões até então não identificadas e exigindo reorganização lógica e cronológica dos elementos já constantes dos autos investigativos”, disse.
Nos próximos dias, a PF deve entregar a Zanin um relatório parcial sobre as informações apuradas até o momento.
O ministro Cristiano Zanin afirmou haver indícios de um “verdadeiro comércio de decisões judiciais” promovido entre lobistas e servidores do Superior Tribunal de Justiça (STJ).
Ao autorizar uma operação da Polícia Federal para recolher documentos, Zanin disse que o empresário e lobista Andreson de Oliveira Gonçalves, um dos alvos da ação policial, teve uma “decisiva função no verdadeiro comércio de decisões judiciais no Superior Tribunal de Justiça”.
Ainda segundo Zanin, os “relatos descortinam indícios” de que Andresson “estabeleceu rede de contatos com magistrados e assessores de Ministros do Superior Tribunal de Justiça e de integrantes dos Tribunais de Justiça, bem como com uma série de intermediadores, a fim de auferir benefícios derivados de decisões judiciais e informações privilegiadas”.
A Deputada Estadual mais atuante do Piauí é Gracinha Mão Santa, em todos os setores ela tem ação, principalmente para ajudar quem mais precisa do estado, sempre justa e honesta com seu povo.
A incansável no que se propõe a fazer pelo seu povo.
Na manhã desta segunda-feira (1º), o escritório Machado Advocacia inaugurou oficialmente seu mais novo espaço, localizado na Av. Presidente Getúlio Vargas, 268, Hotel Delta, 3° andar, Sala 209, em Parnaíba.
O advogado Dr. Alan Machado e sua esposa, Flávia de Cristo, receberam o Padre Wilderllan, que levou uma bênção especial ao ambiente, marcando esse novo ciclo com fé e boas energias.
O local será dedicado à prática da advocacia, oferecendo atendimento personalizado, além de serviços de assessoria e consultoria jurídica.