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domingo, 21 de setembro de 2025

Chico, Caetano e Gil: do amor da “anistia” ao ódio do “sem anistia”

JCO

No final dos anos 70, o Brasil construiu a Lei da Anistia. Não nasceu do ódio, mas de um pacto pela paz e pela redemocratização. Mesmo diante de sequestros, assaltos, assassinatos e terrorismo, a sociedade escolheu perdoar para seguir em frente.

Graças a esse gesto, milhares voltaram ao país e refizeram suas vidas, entre eles Chico Buarque, Caetano Veloso e Gilberto Gil, que se tornaram símbolos de uma geração marcada pela reconciliação. Sem perdão, não teria havido democracia.

Hoje, porém, os beneficiados de outrora rejeitam a anistia para brasileiros acusados de depredações em 8 de janeiro de 2023. Atos condenáveis, sim, mas sem mortos, sem tiros, sem sequestros. Chico, que cantava “apesar de você, amanhã há de ser outro dia”, parece preferir que o amanhã continue refém da vingança. Caetano, que dizia “é preciso estar atento e forte”, cede ao medo do perdão. E Gil, que junto a Chico clamava “Pai, afasta de mim esse cálice”, hoje aceita que o cálice da intolerância siga alimentando divisões.

A anistia de ontem pacificou o país. A de hoje é negada por quem dela se beneficiou. Sem reconciliação, o Brasil seguirá dividido, e a democracia, refém da perseguição política.

Anistia já!

Henrique Alves da Rocha

Coronel da Polícia Militar do Estado de Sergipe.

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