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O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), classificou a megaoperação deflagrada nesta terça-feira (28/10) nos complexos do Alemão e da Penha como “um duro golpe na criminalidade”. A ação, que já é a mais letal da história do estado, deixou 64 mortos, entre eles quatro policiais, e 81 pessoas presas, segundo balanço da Polícia Civil.
“Hoje é um dia importante para o Rio de Janeiro: a maior operação da história das nossas polícias. Até agora, temos 60 criminosos neutralizados, 81 presos e 75 fuzis apreendidos”, afirmou Castro em pronunciamento. “Eu não tenho dúvida de que é um dia em que estamos dando um duro golpe na criminalidade”, completou.
O governador disse ainda que o policiamento continuará reforçado nas ruas para garantir a segurança da população. “A polícia não sairá da rua até que a situação esteja completamente normalizada, para que você possa ir para casa hoje e trabalhar amanhã. Então, confie nas forças de segurança. Estamos trabalhando muito porque queremos um Rio de Janeiro e um Brasil livres da criminalidade.”
Confira o vídeo:
Operação mais letal da história do Rio
- A megaoperação mobilizou cerca de 2,5 mil agentes da Polícia Civil, da Polícia Militar e do Ministério Público do Rio (MPRJ).
- O objetivo era desarticular a estrutura do Comando Vermelho (CV), principal facção do tráfico no estado, que, segundo as autoridades, vinha expandindo seus territórios estratégicos para o escoamento de drogas e armas.
- Durante os confrontos, criminosos ergueram barricadas, lançaram explosivos por drones e abriram fogo contra as equipes. Moradores relataram pânico, falta de transporte, fechamento de escolas e interrupção de serviços públicos.
- O clima de guerra se estendeu por diversas áreas da zona norte.
- De acordo com levantamento do Grupo de Estudos dos Novos Ilegalismos (GENI/UFF), a ação ultrapassou todos os registros anteriores em número de mortos. Antes, o episódio mais letal havia sido a operação do Jacarezinho, em 2021, que deixou 28 mortos.
A ofensiva foi deflagrada para cumprir 51 mandados de prisão contra traficantes que atuam no Complexo da Penha. No total, 67 pessoas foram denunciadas por associação ao tráfico e outras três por tortura.
Segundo o MPRJ, o Complexo da Penha é considerado estratégico por sua proximidade com vias expressas, facilitando o transporte de drogas e armamentos para outras áreas do estado.
“O Rio não vai ficar refém”
O prefeito do Rio, Eduardo Paes (PSD), também se pronunciou. Em vídeo publicado nas redes sociais, afirmou que “o Rio não pode — e não vai — ficar refém de grupos criminosos que buscam espalhar medo pelas ruas da cidade”.
Durante coletiva, Paes reconheceu que o município tem limitações no campo da segurança pública, mas ressaltou o apoio às forças estaduais. “Não podemos aceitar que esses grupos criminosos tomem conta da cidade. Já é inaceitável quando vemos parte do território; agora, ver a cidade inteira paralisada por isso, não vai acontecer. A prefeitura vai continuar trabalhando.”






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