Mentores nas manchetes, executores nas sombras: até quando a impunidade vai proteger os cúmplices da fraude?
A PERGUNTA QUE NÃO QUER CALAR
Quem são, afinal, os verdadeiros culpados pelo desvio de dinheiro dos aposentados do INSS?
A narrativa oficial aponta para os graúdos, os peixes gordos que deram as ordens e se beneficiaram diretamente. Mas será que punir apenas os mentores basta para fazer justiça?
OS GRAÚDOS: ARQUITETOS DO ESQUEMA
É inegável que os grandes nomes foram os arquitetos da fraude.
Eles decidiram, planejaram e distribuíram o dinheiro que não lhes pertencia.
São os rostos que aparecem nas manchetes, os alvos das investigações mais visíveis.
OS EXECUTORES: CÚMPLICES INVISÍVEIS
Nada disso teria sido possível sem os executores.
Foram técnicos de TI, assessores de baixo escalão e operadores que, por ninharia, aceitaram viabilizar o processo.
Eles ajustaram sistemas, corrigiram falhas e criaram o automatismo necessário para que o plano funcionasse.
Sem eles, não haveria crime.
E ainda ousam se esconder atrás da desculpa do “apenas obedecia ordens”, mesmo sabendo exatamente o que estavam fazendo.
O PREÇO PAGO PELOS APOSENTADOS
Enquanto isso, os aposentados — cidadãos que trabalharam a vida inteira — pagaram o preço.
Seus benefícios foram desviados, atrasados ou reduzidos.
A confiança no sistema foi corroída, e a dignidade de milhares de brasileiros foi atacada por cúmplices que se venderam barato.
ONDE ESTÁ A POLÍCIA FEDERAL?
Por onde anda a PF?
Os holofotes estão mirando os mentores, mas os executores continuam à sombra.
Se não forem responsabilizados, poderão repetir o mesmo crime em outro órgão público, perpetuando a impunidade.
CHAMADO À AÇÃO
Não basta punir os graúdos.
Esses elementos, tantos quantos forem os envolvidos, precisam ser EXONERADOS IMEDIATAMENTE – no mínimo – isso se já não pediram exoneração e já fugiram para gastar o que arrecadaram apoiando “seus patrões”.
É preciso responsabilizar cada executor, cada cúmplice, cada engrenagem dessa máquina de corrupção.
Só assim haverá justiça para os aposentados e credibilidade para o sistema.
Sem isso, estaremos apenas trocando os rostos dos culpados, mas mantendo intacta a estrutura da fraude.
Mas os “graúdos” que se cuidem. Os peixes menores breve vão começar a chantageá-los exigindo uma participação maior na bolada por conta do que poderá acontecer se abrirem suas bocas e prometendo contar ainda mais para a CPMI.
Isso é Brasil.
Jayme Rizolli
Jornalista.


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