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O Distrito Federal confirmou o primeiro caso de infecção pela nova variante da Covid-19, a Éris (EG.5.1).
A brasiliense infectada é um bebê de 6 meses. Ela foi levada ao Hospital Materno Infantil de Brasília (Hmib) com sintomas respiratórios em 11 de agosto, e ficou internada por três dias, tendo alta em 14 de agosto.
O Laboratório Central de Saúde Pública do Distrito Federal (Lacen), da Secretaria de Saúde do DF, fez o sequenciamento genômico em parceria com o Instituto Butantan, na última quinta-feira (24/8).
A Secretaria de Saúde do DF analisou 30 amostras de exames de diferentes regiões administrativas, mas a nova variante do coronavírus foi detectada somente no caso do bebê atendido no Hmib.
O subsecretário de Vigilância à Saúde, Divino Valero Martins, disse que os brasilienses não precisam se preocupar com a nova cepa.
“Não há motivos para a população se exasperar porque a Secretaria de Saúde está atenta a essas questões das variantes da Ômicron. Essa ação demonstra a eficácia da rede de saúde do DF ao detectar, quase em tempo real, essa nova variante através das unidades sentinelas e do Laboratório Central (Lacen), que detectou a presença dessa nova variável nesta criança”, afirmou Valero.
Segundo a Secretaria de Saúde do DF, “embora seja altamente contagiosa, a mutação não demonstrou sinais de grande risco para a maior parte da população”. “Até o momento, os relatos são de sintomas muito parecidos com os que são causados pela Ômicron original: febre, dor de cabeça, dor no corpo, dor de garganta e nariz escorrendo.”
Éris no Brasil
São Paulo confirmou o primeiro caso da Éris no Brasil em 18 de agosto. A paulistana de 71 anos começou a ter sintomas em 30 de julho. Ela estava com todas as vacinas contra Covid-19 em dia, recebeu tratamento em hospital particular e foi liberada.
Nesta quarta-feira, o Rio de Janeiro informou que a Éris já está circulando na cidade. Um paciente de 46 anos, que não tomou a vacina bivalente, foi detectado com a variante.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) classificou a nova cepa como uma variante de interesse, indicando que ela deve ser monitorada com mais atenção. Mas a cepa não representa maior ameaça à saúde pública, em comparação com outras variantes, de acordo com o órgão.
A Eris já foi identificada em mais de 50 países, incluindo Estados Unidos, China, Coreia do Sul, Japão, Canadá e Reino Unido.
Uma versão atualizada da vacina da Pfizer contra a Covid-19, atualmente em testes em camundongos, demonstrou ser eficaz contra a subvariante Éris.
Vacinação
A Secretaria de Saúde do DF disponibiliza vacinação contra Covid para crianças a partir de 6 meses.
No caso dos bebês de 6 meses a 4 anos e 11 meses, é aplicada a Pfizer Baby. São três doses, com intervalo de quatro semanas entre as duas primeiras e de oito semanas entre a segunda e a terceira.
Confira os locais de vacinação contra Covid-19, para crianças e adultos, no DF neste link.
Mais de 81% da população da capital do país recebeu pelo menos uma dose da vacina e 78,5% completaram o esquema vacinal de duas doses. Porém, de acordo com a Secretaria de Saúde do DF, os índices são mais baixos em termos de doses de reforço e entre a população infantil.
A pasta informou que quase metade da população (48,9%) não recebeu nem uma dose de reforço. “Entre as crianças de 5 a 11 anos, 44,6% não tomaram a segunda dose. Na faixa etária de 3 e 4 anos, o índice sobe para 83,6%. Já entre os bebês de seis meses a dois anos, na faixa etária da criança diagnosticada com a nova sub variante, 91,1% não completaram o esquema vacinal duas doses”, enfatizou.
Metrópoles