sábado, 29 de março de 2025

A decadência psicológica de uma nação

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Nos últimos anos parece que a vida se tornou mais difícil. A sociedade parece estar menos feliz, e muito desanimada. Não é surpresa, o mal psicológico que avança sobre o país é avassalador. Se antes tínhamos sonhos de construir um grande país, justo e com oportunidade, hoje ficamos admirados quando vemos uma decisão judicial justa.

O país infelizmente andou pra trás. Hoje não podemos falar pra nossos filhos que vamos entregar um país melhor que encontramos, na verdade, nem a tão dita liberdade que tínhamos podemos oferecer.

Mas isso não aconteceu como um passe de mágica, na verdade, foi necessário enfiar nas cabeças mais inteligentes do nosso país que um sistema escravocrata é bom. O sistema de Cuba é escravocrata, mas é bom. O sistema Venezuelano é escravocrata, mas é bom. Por que não apoiar esses modelos aqui?

Mas nessa de apoiar um sistema escravocrata que retira os direitos fundamentais de um país, vai embora também o sistema psicológico vigente. Se antes o direito e os valores construídos socialmente eram importantes, ele toma lugar para a força bruta. Não se faz mais porque é o certo e sim porque “Eu posso”.

Interessante notar que os valores psicológicos construídos ajudaram as mulheres e a comunidade LGBT a conseguir mais direitos. Já que a força não é mais importante, e sim valores humanos. Contudo, esses valores estão sendo destruídos, as decisões judiciais refletem não valores, mas vontades e interesses pessoais, destruindo os valores antigos. 

É com isso, a troca de princípios internos das pessoas começa a mudar, sendo que se o mundo assumir essa postura voltaremos a era antiga, onde direitos não importam mais, e o que vale é somente a força bruta, violência e conflito.

Vitor Iwamizu. Psicólogo. CRP 06/188655

Depois do caso Débora, Moraes recua novamente em relação a outro manifestante do 8/01

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Um novo recuo do ministro Alexandre de Moraes com relação aos manifestantes de 8 de janeiro.

Desta vez, ele concedeu prisão domiciliar ao professor aposentado Jaime Junkes, de 69 anos, que foi condenado a 14 anos de prisão. A decisão saiu nesta sexta-feira (28), após Moraes ter negado o benefício há uma semana atrás, em 21 de março.

A defesa de Junkes havia solicitado a prisão domiciliar devido ao seu estado de saúde, alegando que o aposentado tem câncer de próstata e problemas cardíacos.

“[Jaime] é portador de doença grave (câncer de próstata e as de natureza cardiológica, além das outras comorbidades igualmente graves), cujo tratamento está em andamento, conforme os diversos atestados médicos acostados aos autos”, argumentou a defesa.

Moraes, em sua nova decisão, reconheceu a gravidade da situação de saúde de Junkes, afirmando que “esta Suprema Corte reconhece que a presença de excepcionalidades da situação concreta, como as de doenças graves, permitem a flexibilização da referida previsão legal”.

O ministro também mencionou o “diagnóstico de câncer, reiteradamente comprovado nos autos”, e o infarto agudo no miocárdio que Junkes sofreu durante sua prisão.

Apesar da concessão da prisão domiciliar, Moraes determinou o uso de tornozeleira eletrônica e outras medidas restritivas.

Fica o questionamento: Para que tornozeleira eletrônica num idoso de 69 anos, com câncer e em recuperação de um infarto?

Isso é pura crueldade...

Depois do caso Débora, Moraes recua novamente em relação a outro manifestante do 8/01

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A ministra da Secretaria das Relações Institucionais (SRI), Gleisi Hoffmann, "surtou" contra o presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, após críticas ao governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Gleisi acusou Kassab de ser “muito injusto” ao criticar o presidente e destacou a ampla composição política do atual governo, que, segundo ela, vai além da base que elegeu Lula em 2022, incluindo partidos como o MDB, PSD, União Brasil e PP.

Embora o PSD ocupe três ministérios no governo, entre eles os de Minas e Energia, Pesca e Aquicultura, e Agricultura e Pecuária, Kassab tem se distanciado de Lula, exercendo a função de secretário de Governo e Relações Institucionais no governo de Tarcísio de Freitas (Republicanos), atual governador de São Paulo e possível candidato à presidência em 2026.

A tensão aumentou após o discurso de Kassab durante um seminário na Fundação Fernando Henrique Cardoso, onde afirmou que Lula estaria se inclinando cada vez mais para a esquerda. 

A ministra defendeu ainda que as críticas de Kassab não fazem justiça ao papel importante que o PSD tem desempenhado no atual governo, a despeito das divergências internas e da perspectiva de Kassab de se alinhar a um possível adversário de Lula nas eleições de 2026.

Revelado estranho jantar em Brasília durante julgamento de Bolsonaro

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Na noite de terça-feira (25/3), enquanto o Supremo Tribunal Federal iniciava o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o ex-ministro Ciro Gomes (PDT) participou discretamente de um jantar com parlamentares de seu partido, em Brasília.

O encontro ocorreu na residência do deputado Mário Heringer (MG), líder do PDT na Câmara, situada no Lago Sul, área nobre da capital. A reunião, convocada pela própria bancada pedetista, teve como pauta principal o cenário político atual e as dificuldades econômicas enfrentadas pelo governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva — situação que Ciro classificou como preocupante.

Durante o jantar, os deputados pediram a Ciro uma avaliação sobre uma possível candidatura à Presidência em 2026. Segundo fontes presentes, o ex-ministro afirmou não ter intenção de disputar o cargo novamente. Apesar disso, alguns parlamentares acreditam que ele ainda pode reconsiderar essa posição.

Embora o PDT integre a base do governo federal, há entre seus membros vozes que questionam o apoio automático à reeleição de Lula. Para esses deputados, o nome de Ciro Gomes ainda representa uma alternativa viável e relevante no cenário nacional, sendo o único pedetista com destaque nas pesquisas de intenção de voto.

O presidente nacional do PDT e ministro da Previdência, Carlos Lupi, também foi convidado para o jantar, mas não compareceu. Justificou sua ausência dizendo que estava “trabalhando” e chegou a telefonar para Ciro explicando os motivos. Ciro deixou Brasília na manhã seguinte.

Recentemente, Lupi tem feito críticas públicas a Ciro e ao grupo político que o apoia no Ceará, em especial pelo apoio dado ao deputado André Fernandes (PL), candidato bolsonarista à prefeitura de Fortaleza em 2024. Em um vídeo, o ministro classificou o cenário no estado como uma “realidade triste”, acusando Fernandes de representar uma “direita ultrapassada e raivosa”.

A deputada Duda Salabert (PDT-MG) também esteve ausente do jantar. Ela e Ciro trocaram farpas após o ex-ministro declarar que a parlamentar “não tinha preparo para ser prefeita”.

O contra-ataque do PL após ação de Moraes para encurralar Kassab

O Partido Liberal (PL), sob a liderança do deputado Sóstenes Cavalcante (RJ), está conduzindo uma articulação política para garantir o apoio do PSD ao requerimento de urgência do projeto que concede anistia aos condenados pelos atos de 8 de janeiro. A manobra visa driblar resistências internas e externas, incluindo pressões do Palácio do Planalto e do Supremo Tribunal Federal (STF).

A estratégia de Sóstenes envolve uma movimentação coordenada com o líder do PSD na Câmara, deputado Antônio Brito (BA). A ideia é escalar um vice-líder do partido identificado com o bolsonarismo para formalizar a assinatura do pedido de urgência. O nome escolhido foi o do deputado Reinhold Stephanes Junior (PR), reconhecido como um dos mais alinhados ao ex-presidente Jair Bolsonaro dentro do PSD e defensor declarado da anistia.

Esse arranjo busca aliviar a tensão sobre o presidente do PSD, Gilberto Kassab, que tem sido alvo de pressão intensa para manter o partido distante de pautas bolsonaristas. Recentemente, essa pressão ganhou novo fôlego com uma decisão do ministro Alexandre de Moraes, do STF, que retomou uma investigação contra Kassab por corrupção passiva, caixa dois e lavagem de dinheiro — inquérito que havia sido transferido para a primeira instância em 2019 e que agora retorna ao Supremo, com base na revisão sobre o foro privilegiado.

Sóstenes pretende apresentar oficialmente o requerimento de urgência na reunião de líderes marcada para quinta-feira, 3 de abril, buscando reunir assinaturas de ao menos nove partidos. No entanto, para que o PSD integre essa aliança, o líder da sigla na Câmara condiciona o apoio à liberação do regime de urgência pelo presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB). Desde que assumiu o comando da Câmara, Motta tem restringido a tramitação acelerada a matérias consideradas verdadeiramente urgentes.

PGR dá "tiro no pé" e defesa de Bolsonaro tira a primeira "carta na manga"

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A defesa de Jair Bolsonaro inicia uma nova estratégia contra os alegados abusos cometidos pelo ministro Alexandre de Moraes.

Os advogados do ex-presidente vão pedir a anulação do inquérito e da ação penal sobre golpe de Estado após a Procuradoria-Geral da República (PGR) se manifestar, nesta quinta-feira (27), pelo arquivamento de uma outra investigação que mirava o ex-presidente por suposta fraude na carteira de vacinação.

As operações policiais decorrentes do caso das vacinas teriam sido deflagradas com o único objetivo de prender aliados e apreender documentos e aparelhos eletrônicos que pudessem municiar outras apurações contra Bolsonaro. Proibida no Brasil, a prática é conhecida como fishing expedition [pescaria probatória] no jargão jurídico.

O advogado Paulo Cunha Bueno, que representa Bolsonaro, sustentou:

“Tudo no inquérito das vacinas foi usado para fishing expedition. Usaram a investigação das vacinas para fazer buscas, apreensões e promover uma auditoria nos investigados. Foi a partir desse inquérito das vacinas, que nada encontrou contra Bolsonaro, que surgiram os casos das joias e golpe. Vamos usar isso no tempo certo para pedir a anulação”.

Certamente, isso vai gerar enorme discussão. A discussão não é jurídica e o tribunal é parcial. A estratégia agora é ganhar fôlego. Isso a defesa está conseguindo.

Ministros do STF avaliam a cassação de Marcel van Hattem e consequências disso são imprevisíveis

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Os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) não suportam críticas. E, caso seja possível, pretendem novamente atacar a imunidade parlamentar no caso do deputado Marcel van Hattem.

Da tribuna, o parlamentar disse que Lula e Alexandre de Moraes são “cruéis e covardes”. É uma opinião, que certamente é compartilhada por boa parte da população brasileira.

Numa outra passagem de seu discurso – da tribuna da Câmara – o parlamentar acusou o Supremo Tribunal Federal (STF) de agir como “máfia”.

Ora, isso também é uma opinião que, por mais ácida que seja, é compartilhada por muitos brasileiros de bem.

Cabe ao STF fazer a sua defesa. Cassar o mandato de Marcel só vai comprovar o que foi dito da tribuna do parlamento, que deveria ser inviolável, de acordo com o que diz a Constituição Federal, que o STF deveria ser o guardião.

Caso os ministros resolvam avançar contra o mandato de Marcel - um deputado sério, popular e extremamente respeitado – as consequências são imprevisíveis.

Anotem isso.

Gonçalo Mendes Neto. Jornalista.

A decadência psicológica de uma nação

JCO 29/03/2025 às 06:09 Nos últimos anos parece que a vida se tornou mais difícil. A sociedade parece estar menos feliz, e muito desanimada....