domingo, 24 de março de 2024

Irmã de Marielle faz primeiro pronunciamento após prisão dos suspeitos de mandar matar vereadora; VEJA

Foto: Reprodução.


Irmã de Marielle Franco e ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco celebrou a prisão de três suspeitos de mandar matar a vereadora carioca. “Só Deus sabe o quanto sonhamos com esse dia!”, disse no X (antigo Twitter).

“Hoje é mais um grande passo para conseguirmos as respostas que tanto nos perguntamos nos últimos anos: quem mandou matar a Mari e por quê?”, afirmou.

A Polícia Federal prendeu, na manhã deste domingo (24/3), o deputado federal Chiquinho Brazão (União-RJ); o irmão dele, Domingos Brazão, que é conselheiro do Tribunal de Contas do Rio; e o ex-chefe da Polícia Civil do Rio Rivaldo Barbosa.

Anielle também cumprimentou nominalmente o ministro do STF Alexandre de Moraes e completou: “Estamos mais perto da Justiça!”.

Créditos: Metrópoles.

Sobre prisão dos supostos mandantes do assassinato de Marielle, Marcelo Freixo diz que “crime, polícia e política não se separam no Rio”

Foto: Reprodução/Folha de S. Paulo.

Quando a vereadora Marielle Franco foi assassinada em 14 de março de 2018, Marcelo Freixo, atual presidente da Embratur, ocupava o cargo de deputado estadual no Rio de Janeiro. Ele foi um dos primeiros a se mobilizar após o crime que vitimou Marielle e o motorista Anderson Gomes, recorrendo às redes sociais para expressar sua opinião sobre as prisões, ocorridas neste domingo, 24, de Domingos Brazão, conselheiro do Tribunal de Contas do Rio, Chiquinho Brazão, deputado federal, e Rivaldo Barbosa, ex-chefe de Polícia Civil do Estado.

A operação, batizada de “Murder Inc.”, que investiga os assassinatos de Marielle e Gomes, além da tentativa de homicídio da assessora Fernanda Chaves, foi conduzida pela Polícia Federal com a colaboração da Procuradoria-Geral da República e do Ministério Público do Rio de Janeiro. Segundo comunicado da PF, foram expedidos três mandados de prisão preventiva e doze mandados de busca e apreensão pelo Supremo Tribunal Federal, todos na cidade do Rio.

“Em 2008, quando fiz a CPI das Milícias, nós escrevemos no relatório que crime, polícia e política não se separam no Rio. 16 anos depois, com o caso da Marielle resolvido, reafirmo a mesma frase”, escreveu Freixo no Twitter. “Um membro do Tribunal de Contas, um vereador (agora deputado) e um chefe da polícia presos envolvidos no assassinato da Marielle.”

Freixo relatou que a primeira pessoa para quem ligou ao saber do assassinato de Marielle Franco e Anderson Gomes foi Rivaldo Barbosa. “Ele era chefe da Polícia Civil e recebeu as famílias no dia seguinte junto comigo”, mencionou em sua publicação. “Agora Rivaldo está preso por ter atuado para proteger os mandantes do crime, impedindo que as investigações avançassem. Isso diz muito sobre o Rio de Janeiro.”


Segundo Freixo, cinco delegados lideraram as investigações do caso Marielle e Anderson. Ele afirma que sempre que as investigações se aproximavam dos autores, os titulares eram substituídos, o que resultou na demora de seis anos para identificar os responsáveis pelo crime. “Agora a Polícia Federal prendeu os autores do crime, mas também quem, de dentro da polícia, atuou por tanto tempo para proteger esse grupo criminoso”, escreveu. “Essa é uma oportunidade para o Rio de Janeiro virar essa página em que crime, polícia e política não se separam.”

Com informações da Veja.

Suspeito preso na Rússia diz que ia receber R$ 27 mil pelo ataque; VEJA VÍDEO

Por Terra Brasil Notícias 24/mar/2024 Em Geral

Foto: Reprodução.

Um dos quatro indivíduos acusados pelo atentado terrorista que resultou na morte de pelo menos 143 pessoas na noite de sexta-feira (22) em Moscou declarou ter sido contratado para realizar o ataque por uma quantia equivalente a R$ 26,8 mil. “Recebi metade do pagamento no cartão”, reclamou ele, enquanto estava algemado, dirigindo-se aos policiais que o prenderam.

Ele e outros três suspeitos de abrir fogo contra a multidão que aguardava um show de rock no Crocus City Hall foram detidos após romperem um bloqueio policial na região de Briansk, situada a 340 km a sudoeste de Moscou. A operação foi coordenada pelo FSB (Serviço Federal de Segurança, na sigla russa).

Durante a prisão, foram encontrados com eles passaportes do Tadjiquistão, uma república ex-soviética de maioria muçulmana localizada na Ásia Central. O Estado Islâmico, grupo terrorista combatido pela Rússia na guerra civil da Síria, reivindicou a autoria do ataque.

Em um vídeo, o detido foi questionado sobre sua presença no Crocus. “Ataque”, respondeu, afirmando que o motivo foi “dinheiro”. “Era para receber cerca de meio milhão de rublos, mas não recebi. Fui pago com metade no cartão”, acrescentou.


Este incidente foi o mais violento ocorrido em Moscou em 13 anos, superando o número de vítimas do ataque que resultou em 37 mortes no aeroporto de Domodedovo, em janeiro de 2011. A Rússia tem enfrentado um longo histórico de conflito com o extremismo islâmico, sendo que o maior massacre em sua história recente ocorreu durante o cerco para libertar uma escola tomada por chechenos em Beslan (Ossétia do Norte) em 2004, resultando em 334 mortes.

A Prefeitura de Moscou anunciou que irá compensar a família de cada vítima do ataque com o equivalente a R$ 160 mil, além de pagar um terço desse valor aos parentes daqueles que precisaram ser internados. Mensagens de condolências pela tragédia ocupam os outdoors eletrônicos por toda a cidade.


Com informações da Folha de S. Paulo.

Como anulação da delação de Cid põe em cheque a validade de provas no processo

Foto: Reprodução/Pedro Ladeira 24.ago.23/Folhapress.

A possível nulidade ou rescisão da delação de Mauro Cid, comprometida após o vazamento de um áudio no qual o ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro afirma ter sido coagido pela Polícia Federal, tem gerado divisão entre especialistas sobre o impacto que poderia ter na validade das provas já reunidas pela investigação.

A questão de invalidar a delação está sob análise no STF (Supremo Tribunal Federal). O tenente-coronel foi preso na sexta-feira (22) após uma audiência na corte sobre o áudio vazado. Durante a oitiva, o militar negou ter sido coagido pela PF e não revelou com quem estava falando ao fazer as declarações gravadas, nas quais alegava ter sido pressionado a fornecer informações falsas.

De acordo com o STF, Cid foi detido por “descumprimento das medidas cautelares e por obstrução da Justiça”. Autoridades da PF afirmam que o militar teria violado o compromisso de confidencialidade da colaboração, com o intuito de atrapalhar as investigações. Acrescentam ainda que a eventual anulação da delação não afetaria as provas coletadas durante a investigação.

Entretanto, especialistas consultados pela Folha possuem opiniões divergentes sobre o possível comprometimento das provas caso a delação seja anulada.


Para o advogado criminalista Fabrízio Feliciano, especialista em direito penal, o áudio em que Cid menciona ter sido coagido pela PF não afetaria a validade das informações que já forneceu, desde que tenham sido encontrados elementos que as corroborem.

No entanto, se for comprovado que Cid mentiu em algum ponto não corroborado por provas, ele poderia perder os benefícios da delação, embora as informações fornecidas ainda fossem utilizadas nas investigações.

Arthur Prado, advogado criminalista e mestrando em ciências políticas na Universidade de Pisa, na Itália, sugere que, em caso de anulação da delação, as provas apresentadas por Cid contra ele mesmo seriam proibidas, mas aquelas que implicam terceiros ainda seriam válidas.

Por outro lado, Ricardo Yamin, advogado criminalista e professor de direito constitucional na PUC-SP, argumenta que é necessário iniciar uma investigação para determinar se houve coação. Se ficar provado que houve coação, as provas seriam consideradas ilícitas. Em caso de rescisão da delação devido a uma violação do acordo por parte de Cid, as provas continuariam válidas, mas o militar poderia perder os benefícios da colaboração.


Carolina Carvalho de Oliveira, advogada criminalista especializada em lei anticrime, concorda que se a delação for anulada por conta de uma coação comprovada, nada dela poderá ser utilizado. Se a colaboração não for anulada, mas rescindida por outros motivos, ainda seria possível tentar invalidar as provas derivadas dela.

O acordo de colaboração premiada é um pacto entre o investigador e o investigado, no qual o segundo se compromete a cooperar com a investigação em troca de benefícios negociados, como redução da pena. Segundo Prado, qualquer uma das partes pode solicitar a rescisão do acordo se houver violação do compromisso. No caso de Cid, a decisão de rescindir o acordo caberia a Alexandre de Moraes, ministro do STF relator do caso.


Apesar de críticas no passado, os especialistas concordam que o instituto da delação premiada foi aprimorado desde então e é amplamente aceito no Brasil. Citam como um avanço significativo a lei anticrime, que exigiu que a delação seja corroborada por provas e não seja baseada apenas no relato do delator.

“Atualmente, há maior segurança de que a colaboração premiada está sendo feita voluntariamente e que a polícia está efetivamente buscando elementos de prova concretos que corroborem a delação”, afirma Prado.

Créditos: Folha de S. Paulo.

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