Lula deixou claro em entrevista nesta terça-feira (16) que poderá não cortar gastos e que a meta fiscal é “apenas uma questão de visão.”
As declarações na entrevista à Rede Record, divulgadas horas depois, abalaram o mercado financeiro, resultando em uma alta do dólar e debandada de capital, interrompendo uma sequência de 11 altas.
“Você não é obrigado a estabelecer uma meta e cumpri-la se você tiver coisas mais importantes para fazer. Esse país é muito grande, esse país é muito poderoso. O que é pequeno é a cabeça dos dirigentes desse país e a cabeça de alguns especuladores. Não tem nenhum problema se é déficit zero, se é déficit 0,1%, se é déficit 0,2%. O que é importante é que esse país esteja crescendo, que a economia esteja crescendo, que o emprego esteja crescendo, que o salário esteja crescendo”, disse em entrevista à Record.
Esse tipo de declaração, além de espantar os investidores de capital internacional, coloca medo nos próprios empresários brasileiros, freando assim novas expansões de negócios e desaquecendo o mercado de trabalho.
Não é a primeira vez que o petista assusta o mercado com declarações que evidenciam a falta de compromisso com a responsabilidade e metas fiscais.
No dia 10 de novembro de 2022, após ser declarado “vencedor” das eleições, Lula já dava sinais de que as metas fiscais não eram importantes. Em evento, ele sugeriu que existe uma incompatibilidade entre assistência social e responsabilidade fiscal.
“Por que as mesmas pessoas que discutem com seriedade o teto de gasto não discutem a questão social do país? Por que o povo pobre não está na planilha da discussão da macroeconomia?”, disse Lula na sede do Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB) em Brasília.
Pedro Paulo Silveira, diretor da Nova Futura, apontou que, após a repercussão do discurso, o dólar explodiu, os juros também, e o Ibovespa e as estatais derreteram.
“Foi um sinal ruim do presidente eleito, que lançou pistas de que o governo pode considerar a política fiscal como um empecilho, o que é ruim”, opinou.
(Trecho matéria CNN)
Primeiro ano (2023) de Governo já deixa Histórico de Gastança e Falta de Compromisso com Austeridade:
O governo petista já havia sido criticado pelo mercado financeiro interno e externo por gastar 1 bilhão de reais apenas no primeiro ano de governo com viagens internas e externas, consideradas a maioria dessas viagens um exagero e desnecessárias. Essas ações também evidenciaram e provaram o baixo compromisso da agenda do executivo em cortar gastos e promover medidas de austeridade. E apesar das agências qualificadoras de crédito internacionais considerarem o Brasil como estável, para a agência Moody's, S&P e Fitch, o país está a “dois graus” abaixo do grau de investimento - que é o grau em que as agências consideram o emissor de crédito um “bom pagador”.
Por fim, com o ano eleitoral, dependendo do resultado das eleições, o mercado fará outras avaliações do Brasil, país considerado um emergente e ainda de risco na questão ideológica para grandes investimentos. Ou seja, quanto mais “vermelho”, pior para conseguir atrair os conglomerados capitalistas e péssimo na questão da “fuga” de capitais.
16 Anos de Gastança já virou “Modus Operandi” do PT
Primeiros Mandatos do Lula 2002-2010
Durante seu primeiro mandato, Lula adotou uma política econômica ortodoxa, mantendo metas de superávit primário e controle da inflação, o que inicialmente tranquilizou os mercados. No entanto, em 2008, com a crise financeira global, houve um aumento nos gastos públicos para estimular a economia, o que gerou preocupações sobre a sustentabilidade fiscal a longo prazo.
Governo Dilma Rousseff e Impeachment:
As políticas econômicas de sua sucessora, Dilma Rousseff, que incluíram uma série de desonerações fiscais e aumento de gastos públicos, levaram a um grande déficit fiscal e perda de confiança dos investidores, culminando em uma profunda recessão e seu impeachment em 2016. Embora Lula não estivesse diretamente no governo, ele defendia as políticas de Dilma, o que aumentou a percepção de risco associada ao PT.
IMPACTO REAIS
As declarações de Lula frequentemente têm impacto direto no mercado financeiro. A incerteza gerada por suas falas sobre políticas fiscais e econômicas pode levar a flutuações no câmbio, aumento nos juros e quedas na bolsa de valores, afetando negativamente o ambiente de negócios no Brasil.
O presidente Lula, reforça cada dia mais, uma postura que privilegia o discurso e a postura populista, gerando expectativas na população baseadas na assistência social, sobressaindo da austeridade fiscal. Embora essa abordagem possa aparentar prioridade em benefícios sociais, ela também gera incertezas no mercado financeiro, impactando a confiança dos investidores e a estabilidade econômica do país.