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A conferência condenou a releitura da “Última Ceia”, onde 12 apóstolos foram representados por drag queens ao lado de Jesus Cristo. A obra é mundialmente conhecida, com a versão mais famosa sendo de Leonardo da Vinci, datada de 1497, que mostra Jesus consagrando a Eucaristia.
Os líderes católicos criticaram duramente a apresentação, classificando-a como uma “zombaria”.
“Nossos pensamentos estão com todos os cristãos de todos os continentes que foram feridos pela ofensa e provocação de certas cenas”, afirmaram os bispos. “Esperamos que eles entendam que a celebração olímpica se estende muito além das preferências ideológicas de alguns artistas.”
A controvérsia sobre a apresentação
A cerimônia incluiu drag queens como apóstolos e um DJ no papel de Jesus, em um formato similar a um desfile de moda. O diretor artístico Thomas Jolly negou qualquer intenção de provocar.
“Meu desejo não é ser subversivo, nem zombar ou chocar”, afirmou.
E tentou desconversar:
“Acima de tudo, queria enviar uma mensagem de amor, uma mensagem de inclusão e não de divisão.”
A resposta da Igreja Católica
Outros líderes religiosos também expressaram críticas à adaptação. O bispo Andrew Cozzens, presidente do Comitê Episcopal dos Estados Unidos para Evangelização e Catequese, convocou os católicos a responderem ao incidente com oração e jejum.
“Jesus viveu sua Paixão novamente na sexta-feira à noite em Paris, quando sua Última Ceia foi publicamente difamada”, disse Cozzens. “Não ficaremos de lado e ficaremos quietos enquanto o mundo zomba de nosso maior presente do Senhor Jesus.”
O bispo alemão Stefan Oster considerou a “Última Ceia queer” um “ponto baixo e completamente supérfluo”. O arcebispo Peter Comensoli de Melbourne, na Austrália, preferiu “o original”, postando uma fotografia da obra de Da Vinci no Twitter/X. O bispo Robert Barron, de Winona-Rochester, descreveu a paródia como “grosseira”, e o arcebispo de Santiago do Chile, Dom Fernando Chomali, chamou a encenação de “grotesca”.
O padre dominicano Nelson Medina declarou que não assistirá a nenhuma cena dos Jogos Olímpicos. “Que repugnante o que fizeram zombando do Senhor Jesus Cristo e seu supremo dom de amor”, disse.
“E eles são covardes: não mexeriam com Maomé.”
O cardeal dom Odilo Scherer, arcebispo de São Paulo, também lamentou a cerimônia de abertura.
“Para nós, cristãos, não se trata somente de uma obra de arte”, observou. “Ela retrata o Evangelho e o significado mais profundo e belo da Eucaristia. Será que o deboche a partir da Última Ceia não reproduz e reforça os preconceitos que se querem combater, fazem sofrer… Levaram a violências?”