Ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski cassou a aposentadoria do delegado da Polícia Federal (PF) Lorenzo Martins Pompílio da Hora [foto em destaque], preso por receber propina de empresários investigados. O valor dos pagamentos variava entre R$ 400 mil e R$ 1,5 milhão, de acordo com as apurações conduzidas pelo Ministério Público Federal (MPF).
Na denúncia contra o delegado, o MPF apontou que Pompílio da Hora recebia “mesada” para interceder em favor dos acusados junto aos delegados responsáveis pelos inquéritos. Ele foi preso em 2019, no âmbito da Operação Tergiversação, que também atingiu o delegado Wallace Noble Santos Soares e os empresários Marcelo Freitas Lopes, Durival de Farias, Dulcinara de Farias e Victor Duque Estrada Zeitune.
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O grupo atuava dentro da Superintendência da PF no Rio de Janeiro. De acordo com o MPF, Pompílio da Hora trabalhava para evitar que as investigações em curso chegassem aos empresários que pagavam a propina. Na maioria das vezes, os pagamentos eram feitos em dinheiro. Outros valores eram repassados por transferências a empresas ligadas aos envolvidos.
“Esses agentes ainda tinham a incumbência, em alguns casos, de atuar em favor dos empresários, intercedendo junto a delegados que presidissem outras investigações que pudessem alcançá-los, para novamente evitar que fossem revelados os crimes praticados pelos empresários parceiros”, apontou o Ministério Público Federal.
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Vídeos do momento das ofensas estão circulando nas redes sociais. A organização do JJE manifestou repúdio aos gritos proferidos. “Tais atitudes são inaceitáveis e vão contra os princípios de respeito, igualdade e dignidade que defendemos e promovemos”, disse em nota.
Veja:
Segundo os organizadores, todas as associações atléticas decidiram que os jogos da PUC-SP “a serem realizados nas rodadas restantes da edição de 2024 ocorrerão sem a participação da respectiva torcida”. “Ainda chegou ao nosso entendimento que as devidas ações já foram feitas contra os agressores visando assegurar que os atos racistas registrados sejam investigados e responsabilizados conforme a lei”, acrescentaram.
Manifestações das faculdades
O Centro Acadêmico XI de Agosto, representante dos alunos da Faculdade de Direito da USP, no Largo São Francisco disse, em nota, que foi “surpreendido com espanto, indignação e revolta com o episódio criminoso de ofensas racistas e aporofóbicas proferidas por alunos da Faculdade de Direito da PUC-SP contra franciscanos”.
“As injúrias racistas e aporofóbicas contra alunos da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo são uma violência contra toda a comunidade franciscana. É nas academias de direito que se formam os profissionais que deveriam operar contra as injustiças, injúrias e preconceitos de classe e raciais, mas não é essa a realidade”, afirmou o XI de Agosto, em nota.
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Representante de alunos da PUC, o Centro Acadêmico 22 de Agosto também manifestou “repulsa às falas racistas e classistas de estudantes do curso de direito”. “A PUC SP é uma instituição com histórico de luta pela igualdade social e racial no Brasil. Não há lugar no curso de direito da PUC SP para indivíduos racistas e classistas. Tal episódio criminoso deve ser apurado com absoluto rigor, garantido o devido processo legal”, disse, em nota.
O 22 de Agosto também afirmou que pedirá à universidade a expulsão “daqueles que comprovadamente se envolveram neste lamentável episódio”. “O Centro Acadêmico conclama as demais entidades a também se somarem nessa luta por apuração e repulsa ao racismo e a toda e qualquer forma de violência e descriminação”, disse.
“A reitoria determinou à Faculdade de Direito a apuração dos fatos, com o rigor necessário, a partir das normas universitárias e legais, promovendo a responsabilização e conscientização dos envolvidos”, diz, em nota. “Manifestações discriminatórias são vedadas pelo Estatuto e pelo Regimento da Universidade, além de serem inadmissíveis e incompatíveis com os princípios e valores de nossa instituição”, afirma.
A reitoria também informa que a PUC-SP promove a inclusão social e racial, por meio de programas de bolsas na graduação e na pós-graduação, bem como de permanência dos estudantes bolsistas. “Além disso, participa da criação das políticas públicas de inclusão, como o Prouni e o Fies.”
A Polícia Federal identificou dois policiais militares de Rondônia, um da Bahia e dois agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF) envolvidos no tráfico de drogas.
Os servidores eram responsáveis por transportar os entorpecentes e repassar informações internas para o grupo criminoso.
Os policiais estão entre os 15 alvos de mandados de prisão cumpridos pela PF no dia 7/11 no âmbito da Operação Puritas.
Eles obedeciam aos comandos do traficante José Heliomar de Souza, apontado pela PF como mentor intelectual, coordenador e líder da organização criminosa sediada em Porto Velho, em Rondônia, que mandava cargas de cocaína por via terrestre para a facção Comando Vermelho (CV) no Ceará.
Os policiais investigados:
Roberte Paulo Aguiar Souza, o cabo Aguiar. Lotado na Polícia Militar de Rondônia (PMRO) com salário de R$ 6.195,79, cabo Aguiar foi preso pela PRF, em janeiro de 2023, na cidade de Vilhena (RO), transportando 500 kg de cocaína em uma caminhonete. Atualmente ele se encontra foragido.
Gedeon Rocha de Almeida, vulgo G. Rocha. Sargento da PM de Rondônia, G. Rocha foi preso junto com o cabo Aguiar pela PRF em janeiro de 2023. Ele atuava como batedor do carregamento, ou seja, dirigia outro veículo para tentar avisar o companheiro sobre fiscalização na rodovia. O salário bruto de G. Rocha é de R$ 7.658,20, segundo portal da transparência do governo de Rondônia.
Francisco de Assis Araújo Melo. Policial Militar da Bahia (PMBA), Francisco Melo foi preso em flagrante em setembro de 2022 pela PRF no município de Icó, no Ceará. Ele transportava uma mala com R$ 689 mil de dinheiro em espécie e várias munições de fuzil. Em depoimento à época, o militar disse que pegou a mala com Heliomar, o chefe da organização, e que fez o transporte a pedido de um amigo, o PRF Diego Duarte, que também foi alvo da operação. O PM alegou ainda que não sabia o que tinha dentro e que buscou a mala em Fortaleza (CE). O salário bruto dele como cabo é de R$ 6.084,29, segundo dados de setembro do portal da transparência do governo do Estado da Bahia.
Diego Dias Duarte, vulgo “Robocop” ou “DDD”. Diego Duarte é Policial Rodoviário Federal (PRF), atualmente lotado no estado da Bahia. Ele também trabalhou na cidade de Guajará-Mirim (RO), área de fronteira com a Bolívia. Segundo as investigações, Diego atuava diretamente no transporte das drogas e consultava sistemas da PRF para abastecer o grupo criminoso de informações privilegiadas. Preso no dia 7, a PF encontrou na casa dele um cofre com R$ 580 mil e US$ 8,1 mil em espécie. O salário inicial de um PRF é R$ 11.670,33.
Raphael Ângelo Alves da Nóbrega. Agente da PRF, Raphael Ângelo foi preso transportando 542 kg de cocaína em Canarana (MT), em 2023. Assim como Diego, ele realizava a consulta em sistemas informatizados da PRF para que outros membros do grupo evitassem fiscalizações. Raphael chegou a ganhar um Jeep Pass como forma de pagamento pelo transporte da droga. Ele e Diego cobravam até R$ 2 mil por quilo de cocaína para fazer o frete. Raphael foi demitido pelo ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, em 24 de julho deste ano, em razão de um Processo Administrativo Disciplinar (PAD).
Há décadas passamos por adversidades, de enganações a apropriações, da censura à repressão, de prisões a assassinatos em massa, invariavelmente promovidos pela esquerda, por diversos regimes mundo afora. Inclua-se nessa obra perversa, os progressistas.
Ainda hoje, é difícil classificar uma faceta destas monstruosidades. Trata-se do encantamento que a ideologia consegue impor a determinadas coletividades. Dos protagonistas, seja de qualquer escala, sabemos dos seus métodos, objetivos e intenções, mas o que acontece com os encantados fisgados? Esse questionamento é matéria de estudos da mente humana, do emocional, do social, cultural, e até mesmo da ciência tecnológica e afins.
Literaturas mil para tentar decifrar essa voracidade e ferocidade coletiva que sustenta a desumanidade que a esquerda produz.
Até então, nós entendemos, mas não compreendemos com a profundidade necessária.
Encontrei num texto anônimo (que desde já, deixo espaço aberto para identificá-lo, sem problema. Pelo contrário!), que aborda sobre a lucidez de um herói alemão, Dietrich Bonhoeffer (II Guerra Mundial). Ele conseguiu nomear a questão com a TEORIA DA ESTUPIDEZ. É na estupidez humana que reside o comportamento para explicar esse embasado modo de vida de uma sociedade.
A expressão ESTUPIDEZ ganha novos contornos além da brutalidade, ignorância, burrice ou falta de educação.
Não à toa, o gênio Einstein um dia disse: “Duas coisas são infinitas: o universo e a estupidez humana. Mas, em relação ao universo, ainda não tenho certeza absoluta.”
Fica, de alguma maneira, mais compreensível a partir da hora que detectamos essa realidade com gente da nossa própria família. Se o envolvimento materno e paterno foi o mesmo, se a educação dos irmãos foi a mesma, as oportunidades e convivência iguais, o relacionamento familiar e extrafamiliar também, então o que justifica alguns se desgarrarem uns dos outros. A explicação está na ESTUPIDEZ! Eu mesmo fico chocado quando classifico um ente querido como apologista da pedofilia ou abortista, por exemplo.
Destaco dois pontos de ensaio do Bonhoeffer: o problema não é psicológico, mas sociológico. E uma pessoa estúpida sempre precisa da estupidez de outra.
Vamos ao texto:
Dietrich Bonhoeffer, um alemão forte! (Título meu)
“Dietrich Bonhoeffer foi um intelectual alemão que se opôs ao nazismo e, por isso, foi preso.
Na prisão, ele refletiu muito, tentando entender como era possível que seus compatriotas alemães estivessem apoiando tão fervorosamente Hitler e suas políticas irracionais e criminosas, sendo o povo alemão um dos mais cultos e avançados da Europa e do mundo, em termos científicos, tecnológicos, culturais, etc.
Ele chegou a uma conclusão: o povo alemão foi vítima da estupidez coletiva. E então Bonhoeffer escreveu um ensaio sobre a estupidez que hoje vale a pena recordar.
Segundo Bonhoeffer, a estupidez não tem uma causa psicológica, mas sim sociológica, ou seja, é contagiosa: a estupidez de uma pessoa precisa da estupidez de outra.
É como um feitiço formado por palavras de ordem que se apodera das pessoas. Por isso, você verá pessoas muito inteligentes que, em determinado momento, se comportam de maneira estúpida, porque é uma recaída de sua personalidade que nada tem a ver com suas capacidades mentais, que podem ser muitas.
Quando as pessoas estão passando por um período de estupidez, nunca acreditarão nos argumentos contra sua estupidez; simplesmente os ignorarão. São absolutamente impermeáveis às advertências sobre as consequências catastróficas que sua estupidez pode ocasionar a elas mesmas e aos outros estúpidos, e sempre se sentem orgulhosas de si mesmas e de sua estupidez.
Ainda mais, muitas vezes é perigoso tentar persuadir um estúpido com razões, pois ele se sentirá agredido, irritar-se-á facilmente e até tentará atacar.
Há momentos na vida das sociedades em que, contra a estupidez, não há nenhuma defesa. Daí nascem as ditaduras, assim como também o declínio dos países.
Cuba com o castrismo e Argentina com o peronismo são exemplos.
Posteriormente a Bonhoeffer, o historiador e economista italiano Carlo Cipolla, seguindo a mesma lógica do alemão, condensou em cinco leis sua teoria da estupidez.
1. Sempre se subestima o número de estúpidos em circulação.
2. A probabilidade de que uma pessoa seja estúpida é independente de sua educação, riqueza, inteligência, etc.; ou seja, a estupidez se distribui igualmente em todos os segmentos da população.
3. O estúpido causa danos a outras pessoas e a si mesmo, sem obter nenhum benefício.
4. Eles são imprevisíveis. As pessoas NÃO estúpidas sempre subestimam o poder danoso dos estúpidos.
5. Os estúpidos são mais perigosos que os bandidos e os malvados. Não há nada mais perigoso que um estúpido com poder.
Segundo Bonhoeffer, só quando o governo ou o regime social que produz a estupidez coletiva entra em colapso ou em crise, as pessoas podem se libertar dela e da dor que começa a surgir pela contradição entre seus pensamentos e seus atos.
Na Venezuela, felizmente, muitas pessoas começaram a abrir os olhos e, com dor e arrependimento, silencioso ou não, começam a entrar em razão e a deixar de apoiar um governo eleito em um momento de estupidez coletiva.
Aqui no Brasil o resultado das últimas eleições municipais indica que esse processo de percepção da estupidez finalmente teve início!”
Jornalista independente - Colunista Jornal da Cidade Online - Autor dos livros Perdeu, Mané! e Jornalismo: a um passo do abismo..., da série Uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa! Visite:
É preocupante observar como algumas autoridades, investidas de poder e autoproclamadas "salvadoras da democracia", acabam se afastando dos princípios que juraram proteger. Quando a lei, ao invés de ser um pilar de justiça, é manipulada para fins de perseguição e controle, estamos diante de uma distorção perigosa da ordem democrática. Em nome de uma suposta proteção da sociedade, práticas arbitrárias emergem, pisoteando os direitos fundamentais e minando a confiança pública nas instituições.
A democracia não floresce onde há autoritarismo disfarçado de defesa dos valores democráticos. Quando a legislação se torna uma arma para silenciar opositores, perseguir desafetos ou consolidar poder, deixamos de lado a justiça e nos aproximamos de regimes de exceção. Esse comportamento, travestido de salvaguarda do bem comum, é uma afronta aos princípios do Estado de Direito, que preconiza a imparcialidade e a aplicação equânime das normas.
A verdadeira defesa da democracia se faz com respeito à lei, garantindo que ela seja um instrumento de equilíbrio e não de opressão. Quando autoridades cruzam a linha e usam suas posições para legislar em causa própria ou perseguir vozes discordantes, colocam em risco não apenas a credibilidade das instituições, mas a própria essência da liberdade e da justiça.
César Wagner. Ex-superintendente da Polícia Civil do Ceará, ex-coordenador-geral da Coordenadoria Integrada de Operações de Segurança (CIOPS), ex-diretor do Departamento de Polícia Metropolitana (DPM), ex-diretor do Departamento de Polícia do Interior (DPI) e ex-delegado Titular da Delegacia de Combate ao Narcotráfico. Ex-secretário de Segurança de Aracati. Formado em Direito (Unifor) e especialista em Direito Processual Penal (Unifor). Comunicador, radialista, palestrante e consultor de empresas na área de prevenção de comportamentos irregulares
Das três últimas primeiras-damas do Brasil, sem medo de errar, a Janja, atual esposa do atual presidente é a única que não sabe a importância de ser a ‘primeira-dama’ de um pais como o Brasil.
A Janja envergonhou e envergonha o povo brasileiro constantemente.
A Marcela Temer, discreta e como o Brasil a conhecia, bela, recatada e do lar.
A Michelle Bolsonaro, bem atuante na esfera social, conhecida por ser ‘terrivelmente’ evangélica.
A Janja, dentre várias vergonhas, esta semana ela conseguiu iniciar com ‘inrresponsável e ploblema’ e concluir com um ‘fuck you Elon Musk’.
O presidente da Argentina, Javier Milei, chegou ao Rio de Janeiro neste domingo (17) para participar da cúpula do G20. A agenda oficial divulgada pelo governo argentino inclui encontros com diversos líderes mundiais, como o presidente chinês Xi Jinping e o primeiro-ministro indiano Narendra Modi.
Das informações divulgadas uma atitude forte roubou a cena: a agenda não prevê uma reunião com o petista Lula.
A assessoria da Presidência da República confirmou que não há previsão de encontro bilateral entre Lula e Milei, refletindo a relação tensa entre os dois líderes.
Além dos encontros com chefes de Estado, Milei terá reuniões com Ajay Banga, presidente do Banco Mundial, e Kristalina Georgieva, diretora do Fundo Monetário Internacional (FMI). Também se reunirá com Flavio Cattaneo, gerente-geral da Enel, empresa italiana do setor de energia.
A delegação argentina, no entanto, enfrenta desafios nas negociações do G20. Divergências sobre temas da declaração final da cúpula podem impedir sua aprovação, a menos que haja acordo de última hora.
Dores crônicas nos músculos e ligamentos e em outras partes do corpo que não podem ser localizadas com precisão, fadiga constante e depressão são apenas alguns dos sintomas da fibromialgia. Essa síndrome de dor crônica afetada as mulheres de seis a sete vezes mais do que os homens.
"As dores geralmente duram vários dias. Os pacientes têm episódios repetidos de intensidade e localização variadas. Os afetados descrevem que às vezes dói aqui e às vezes ali. É por isso que muitas vezes não são levados a sério", afirma Gerhard Müller-Schwefe, do Centro de Dor e Cuidados Paliativos de Göppingen.
Às vezes, há um desencadeador direto da síndrome, como operações menores ou procedimentos triviais que não estão associados a uma dor intensa. No entanto, eles podem ser o início da fibromialgia.
Em 1992, a Organização Mundial da Saúde (OMS) reconheceu a fibromialgia como uma doença. Isso contribuiu para que ela se tornasse um diagnóstico médico e para um amento da pesquisa sobre essa síndrome.
Entretanto, os pesquisadores ainda não conseguiram descobrir exatamente o que desencadeia a fibromialgia e como ela se desenvolve. Exames de sangue, ultrassom, tomografia computadorizada ou ressonância magnética não ajudam no diagnóstico.
Um método para detectar a doença é baseado nos chamados pontos sensíveis, no qual 18 pontos no corpo são pressionados pelo médico. Se houver uma reação de dor em 11 deles, é provável o diagnóstico de fibromialgia. No entanto, esses testes são extremamente individuais, podem ser interpretados de diversas maneiras e exigem anos de experiência de médicos.
Se a dor persistir por pelo menos três meses, tanto abaixo quanto acima da cintura e em ambos os lados do corpo, há grande probabilidade do diagnóstico ser a fibromialgia.
Entretanto, outros sintomas também podem ser uma indicação da doença. A fadiga, por exemplo, pode ser um sintoma, se ela não melhorar mesmo com longos períodos de sono. Em vez de ganhar força e energia durante o sono e se regenerar, os pacientes geralmente acordam esgotados e exaustos, sentindo-se pior do que antes. Também podem ocorrer dores de cabeça, depressão e ansiedade.
Por trás da fibromialgia está um distúrbio do controle da dor, diz Müller-Schwefe. "Temos sistemas de controle da dor desde o nascimento. Eles podem estar ativos de diferentes maneiras. Eles partem do cérebro e passam pela medula espinhal e têm um efeito de controle da dor. No caso de fibromialgia, esses sistemas tem algum transtorno, o que pode ser ocasionado de acordo com a biografia dos pacientes."
Os médicos e médicas devem ter tempo suficiente para ouvir o paciente para chegar às causas dos sintomas, continua Müller-Schwefe.
As mulheres são as mais afetadas por essa doença. Suas histórias de vida são semelhantes, diz Kathrin Bernardy, psicóloga em medicina da dor no BG Hospital Universitário Bergmannsheil, em Bochum. "As pacientes geralmente se esforçavam demais e faziam muito pelos outros. Depois de uma certa idade, o corpo não consegue mais acompanhar o ritmo. Temos muitos com a síndrome, especialmente na área de cuidados geriátricos."
Outros fatores desencadeantes podem ser experiências traumáticas, como acidentes ou estresse emocional grave. "O pano de fundo geralmente é o abuso e as exigências excessivas. Cerca de 20% das meninas na Alemanha são vítimas de abuso, geralmente dentro do círculo familiar mais próximo. Ou elas se sentem sobrecarregadas porque assumem responsabilidades na família que não estão aptas. Em algum momento, tudo isso pode se romper, geralmente a partir dos 40 anos de idade", diz Müller-Schwefe.
Não há terapias específicas
A fibromialgia não tem cura, apenas os vários sintomas podem ser aliviados. Entretanto, de acordo com Müller-Schwefe, analgésicos como ibuprofeno ou paracetamol não são uma solução. "Qualquer pessoa que tente tratar a fibromialgia com analgésicos ou injeções não está enfrentando o problema. Alguns remédios fortalecem o sistema de controle da dor do próprio corpo. Os afetados devem aprender a ativar esse sistema repetidamente por meio de psicoterapia e de terapia psicológica para a dor", acrescenta.
Alguns pacientes podem ser ajudados com a administração de antidepressivos ou dos chamados anticonvulsivos. Esses medicamentos enfraquecem os sinais de dor no sistema nervoso.
A acupuntura e os exercícios de respiração também podem ser úteis. "É possível obter bons resultados com a ioga", diz Bernardy. Ela recomenda uma terapia multimodal que consiste em tratamento da dor, psicoterapia e atividade física. "Se os pacientes praticam regularmente esportes de resistência e também tomam antidepressivos, ou seja, se estiverem recebendo uma boa terapia multimodal, eles podem encontrar maneiras muito boas de lidar com suas deficiências e manter sua qualidade de vida."
Para entender melhor a doença, pode ser útil manter um diário da dor ou participar de grupos de autoajuda onde os pacientes compartilham experiências. "A primeira coisa que recomendo aos pacientes é se levar a sério", diz Müller-Schwefe. "Se alguém tentar te convencer de que você está imaginando coisas e que a dor não é real, certifique-se de ser levado a sério. Essa é a coisa mais importante", aconselha o especialista.