O diabetes é uma condição crônica que pode causar diversas complicações ao longo do tempo, afetando diferentes partes do corpo. Uma dessas complicações, muitas vezes desconhecida, é a capsulite adesiva, também conhecida como “ombro congelado”.
Esta condição pode causar dor intensa e rigidez no ombro, impactando a mobilidade e a qualidade de vida dos pacientes.
O que é ombro congelado?
O ombro congelado, ou capsulite adesiva, é uma condição caracterizada pelo endurecimento e espessamento da cápsula articular do ombro, que envolve a articulação e mantém o líquido sinovial responsável pela lubrificação.
Quando essa cápsula se inflama e contrai, o espaço para o movimento da articulação se torna limitado, resultando em dor e rigidez progressiva.
O movimento do ombro se torna cada vez mais difícil, podendo levar a uma limitação quase total dos movimentos.
Como o diabetes está relacionado à capsulite adesiva?
Estudos indicam que pessoas com diabetes têm um risco maior de desenvolver capsulite adesiva, sendo que essa condição é até cinco vezes mais comum em diabéticos do que na população em geral.
Tanto o diabetes tipo 1 quanto o tipo 2 estão associados a essa complicação.
O principal fator de risco é o controle inadequado dos níveis de glicose no sangue, que pode levar a alterações nos tecidos conjuntivos e nas articulações.
Quando os níveis de glicose permanecem elevados por longos períodos, ocorre uma glicação das proteínas, um processo que resulta na rigidez dos tecidos e pode desencadear a capsulite adesiva.
Por que o diabetes causa dor e rigidez no ombro?
A presença constante de níveis altos de glicose no sangue pode provocar uma diminuição da elasticidade dos tecidos articulares, tornando-os mais suscetíveis à inflamação e cicatrização anormal.
Além disso, a glicose em excesso pode se acumular no colágeno das articulações, prejudicando a sua flexibilidade.
Outros fatores que contribuem para o desenvolvimento da capsulite adesiva em diabéticos incluem:
Neuropatia diabética: a deterioração dos nervos pode afetar a percepção da dor e levar a uma menor mobilidade articular.
Inflamação crônica: o diabetes está associado a um estado inflamatório sistêmico, que pode afetar as articulações, incluindo o ombro.
Redução do fluxo sanguíneo: problemas circulatórios comuns em diabéticos podem reduzir o suprimento de nutrientes para as articulações, agravando o quadro de rigidez.
O caso aconteceu em Sapucaia, no interior do Rio de Janeiro. Um caseiro, de 26 anos, foi preso nesta segunda-feira (11) suspeito de assassinar a proprietária de uma fazenda a pauladas e esconder o corpo dela.
A vítima é a médica Lea Cândida Valverde de Rezende, de 70 anos.
O crime teria acontecido no dia 2 de novembro, após uma discussão entre a médica e o caseiro. O homem contou à polícia que Lea havia combinado de repassar a ele uma porcentagem da venda de cabeças de gado, mas que não teria cumprido o acordo.
De acordo com a Polícia Civil, Lea estava em cima de um cavalo quando o suspeito a puxou pelos cabelos. Já no chão, ela levou três pauladas na cabeça e morreu.
Lea era de Niterói (RJ), mas ia com frequência à Sapucaia por conta da fazenda. A polícia começou a investigar o desaparecimento após uma colega de trabalho estranhar o fato dela não ter ido trabalhar no dia 6 de novembro.
Lea Candida Valverde de Rezende é inscrita no Conselho Federal de Medicina (CFM) há 46 anos. Na inscrição, consta especialização em medicina do trabalho e pediatria.
A revista britânica The Economist questionou a razão de o Brasil manter o 15º maior exército do mundo, mesmo sem envolver-se em guerras diretas. A crítica, segundo a publicação, recai sobre a estrutura das Forças Armadas brasileiras, sugerindo que elas se tornaram obsoletas e politizadas, sem um propósito claro de defesa para o país.
A matéria discute o papel do Exército Brasileiro, questionando sua real utilidade além de missões tradicionais. Apresenta diferentes perspectivas, incluindo a necessidade de modernização e adaptação a novas ameaças, além do debate sobre os custos e o impacto social de sua manutenção.
Levanta a questão crucial: qual o real valor estratégico do Exército Brasileiro no contexto atual?
O artigo também toca na questão da burocracia e da falta de transparência em relação ao orçamento e às ações do Exército, sugerindo maior prestação de contas. A discussão se estende para o papel do Exército em situações de emergência e desastres naturais, contrapondo sua eficiência nesses casos com a falta de investimentos em outras áreas de segurança pública e defesa civil.
No entanto, essa visão ignora a realidade brasileira. O Brasil, sendo um país de dimensões continentais e com vastos recursos naturais, necessita de uma força militar robusta para proteger seu território e garantir sua soberania. A existência de um exército preparado é, em grande medida, um instrumento de dissuasão para eventuais ameaças externas. Além disso, a presença de forças militares auxilia na defesa contra atividades ilegais que ameaçam a Amazônia e outras áreas estratégicas, como exploração de minérios e recursos naturais por ONGs estrangeiras, muitas vezes com respaldo internacional.
Atualmente, o Brasil possui uma força de 200 a 300 mil soldados ativos e cerca de 1 a 2 milhões de reservistas, consolidando-se como o maior exército da América Latina. Ainda que a força militar possa enfrentar desafios relacionados à modernização e à política interna, não se pode negar sua importância estratégica. A modernização das forças armadas é, sim, uma necessidade, mas a desmobilização ou o enfraquecimento dessa estrutura, como sugerido de forma indireta pela The Economist, poderia deixar o país vulnerável a ingerências e explorações internacionais.
A questão que fica é: por que uma publicação britânica se interessa em discutir a necessidade do exército brasileiro? Para a população brasileira, é fundamental interpretar esse tipo de crítica com cautela e refletir sobre os reais interesses por trás de tal questionamento.
O questionamento feito pela The Economist toca em um ponto sensível para o Brasil: a função e a relevância das suas Forças Armadas (FA) em um cenário global onde o país não participa de guerras formais. Contudo, mesmo em tempos de paz, o Brasil enfrenta ameaças que vão além do conflito armado direto, envolvendo a segurança territorial, a exploração de recursos naturais e a presença de interesses estrangeiros na região amazônica.
Como o maior país da América do Sul e com fronteiras extensas e complexas, o Brasil lida com diversas ameaças internas e externas. Além da defesa da soberania e da integridade territorial, as FA atuam no combate ao tráfico de drogas e armas, na proteção de fronteiras, em missões de paz, e na garantia da segurança de áreas ricas em recursos naturais. A Amazônia, que concentra uma biodiversidade única, além de vastas reservas de minérios, gás e petróleo, é uma região de interesse global, o que torna a presença militar brasileira ainda mais estratégica.
Na região amazônica, há a presença de organizações não governamentais (ONGs) estrangeiras, que muitas vezes atuam em projetos de conservação e desenvolvimento sustentável, mas cuja atuação, para muitos, é vista com desconfiança. Algumas dessas ONGs operam com financiamentos e agendas que não necessariamente atendem aos interesses brasileiros, gerando preocupações sobre a soberania nacional. Críticos apontam que a ausência de uma presença militar sólida abriria brechas para uma exploração indiscriminada de recursos naturais e maior interferência estrangeira em áreas estratégicas do território brasileiro.
Por que o Interesse da Imprensa Estrangeira? Para alguns analistas, essa atenção reflete uma preocupação internacional com o controle de recursos naturais brasileiros, especialmente na Amazônia, uma das últimas grandes fronteiras de biodiversidade e recursos do mundo. Outros interpretam essa crítica como parte de uma pressão para que o Brasil adote uma postura de defesa menos assertiva, o que facilitaria a entrada de empresas e entidades internacionais na região.
Para a população brasileira, a questão é delicada. Se por um lado, uma parte da sociedade vê as Forças Armadas com ceticismo, questionando seu envolvimento em questões políticas, por outro, há uma crescente percepção de que a presença militar é um instrumento essencial de proteção contra ingerências externas e exploração de riquezas naturais. Com o aumento da atenção internacional sobre o Brasil e suas riquezas, a presença de um exército bem preparado pode ser fundamental para proteger não só o território, mas também os interesses do povo brasileiro a longo prazo.
Hoje a senhora Maria Lucia(pedagoga aposentada) completa mais um ano de vida, pedimos a DEUS que lhe dê saúde, felicidades, paz, sabedoria e vida longa.
" Sogra, sua bondade e cuidado são uma benção para nossa família. Obrigado por tudo. Aprecio cada história e memória compartilhada, sogra. Você faz parte de nossas vidas de maneira especial. Seu amor é uma luz guia em nossas vidas, sogra"
Em 2025, o estado de Sergipe implementará mudanças significativas no Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA), com base na Lei n.º 9.517/2024. Essas alterações pretendem conceder isenções fiscais a grupos específicos, com foco em pessoas com deficiência, refletindo um esforço para ajustar a carga tributária à realidade social do estado.
Estas reformas não apenas oferecem um alívio financeiro, mas também destacam a busca por uma política pública mais inclusiva, capaz de atender melhor as necessidades dos cidadãos.
Quem Serão os Principais Beneficiados pela Reforma do IPVA?
A nova legislação de Sergipe fará com que indivíduos portadores de deficiências físicas, visuais ou intelectuais tenham acesso a isenções fiscais. Para participar deste programa, é necessário que os requerentes possuam veículos cujo valor de mercado obedeça ao teto estabelecido na tabela FIPE, não ultrapassando R$ 120 mil.
Estimativas indicam que aproximadamente 4.200 proprietários serão beneficiados, mostrando um direcionamento claro para assistir aqueles economicamente mais vulneráveis.
Como Realizar a Solicitação da Isenção?
Para pleitear a isenção do IPVA, os interessados devem seguir um procedimento online, que foi simplificado para facilitar o acesso. Abaixo estão os passos necessários para realizar a solicitação:
Acessar a plataforma online: A solicitação deve ser feita através da plataforma da Secretaria da Fazenda do estado.
Anexar documentos exigidos: É necessário enviar documentos que comprovem a condição de deficiência, além dos registros do veículo.
Efetuar o pagamento da taxa: Uma taxa de processamento é exigida para o pedido ser avaliado.
Acompanhamento digital do processo: Todo o processo é digital, o que permite acompanhar o
Esse procedimento foi desenvolvido para tornar o processo mais ágil e diminuir a burocracia.
Como Outras Regiões Tratam a Isenção do IPVA?
O critério para a isenção do IPVA varia entre os estados brasileiros, com algumas regiões utilizando a idade do veículo como referência. Por exemplo, no Amapá, veículos com mais de 10 anos são isentos, enquanto no Espírito Santo essa condição aumenta para 15 anos. Já em Minas Gerais, a isenção é focada em veículos históricos, caracterizados pela placa preta.
Este cenário reforça a particularidade do modelo adotado por Sergipe, que inova ao centrar sua política em critérios sociais específicos, servindo possivelmente de inspiração para outros estados.
Impactos Potenciais das Mudanças no IPVA em Sergipe
A redefinição do IPVA em Sergipe promete não apenas aliviar a carga para os contemplados, mas também estabelecer um precedente de política inclusiva que pode reverberar em outras partes do país. A nova abordagem ajuda a criar um ambiente mais justo para proprietários de veículos com necessidades especiais, destacando a importância de políticas fiscais dinâmicas e adaptáveis.
Conforme Sergipe implementa essas mudanças, existe uma expectativa de que tal modelo incentive discussões mais amplas sobre equidade fiscal em nível nacional, encorajando outras regiões a revisarem seus próprios critérios e procedimentos de isenção.
O vocalista da famosa banda Os Atuais, Paulinho Dill, sofreu um grave acidente no fim da tarde desta segunda-feira (11). O fato ocorreu na ERS-307, em Santa Rosa, no trecho entre Santo Cristo e Cândido Godói.
Segundo informações, o cantor está aguardando uma transferência para Santo Ângelo para atendimento de neurologistas. No momento do acidente, o cantor Paulinho teria sido ejetado para fora do veículo após um capotamento.
Ele foi resgatado inconsciente e levado ao hospital do município para atendimento médico.
A grupo Os Atuais emitiu uma nota oficial:
Gostaríamos de informar a todos os nossos fãs e seguidores que o nosso cantor Paulinho Dill sofreu um acidente grave. No momento, ainda estamos reunindo informações sobre o ocorrido e pedimos compreensão e respeito à privacidade de todos os envolvidos.
Assim que tivermos mais detalhes e atualizações, compartilharemos com vocês.
Agradecemos pelo carinho e apoio de sempre.
O cantor teve um sangramento grave no crânio e respira com ajuda de aparelhos, uma cirurgia de emergência aconteceu.
A Fifa anunciou nesta segunda-feira a data em que realizará o sorteio que vai definir os grupos do novo Mundial de Clubes, a ser disputado no meio do ano que vem. O evento será realizado no dia 5 de dezembro, em Miami, nos Estados Unidos, às 15h (de Brasília).
Ao todo, 32 clubes participarão do evento, sendo que quatro deles são brasileiros. Palmeiras, Flamengo e Fluminense já estão classificados. A última vaga será disputada por Botafogo e Atlético-MG, na final da Copa Libertadores, no próximo dia 30, em Buenos Aires.
A Fifa, no entanto, ainda não revelou qual será o formato do torneio. Há uma grande dúvida sobre a tradicional divisão dos potes. A Conmebol e os clubes brasileiros pedem para que os campeões da Libertadores sejam alocados como os cabeças de chave ao lado de outros quatro europeus.
As equipes serão divididas em oito grupos com quatro componentes cada. Os dois melhores times avançam para as oitavas de final. Dessa etapa em diante, os classificados serão conhecidos em duelos mata-mata, como no formato tradicional da Copa do Mundo.
O novo Mundial de clubes está programado para acontecer entre os dias 15 de junho e 13 de julho. O jogo de abertura será em Miami e a grande final no MetLife Stadium, em East Rutherford, mesmo palco da decisão da Copa do Mundo do ano seguinte.
O torneio contará com 12 estádios espalhados em 11 diferentes cidades.
O Fluminense escolheu Marcinho Guerreiro para comandar seu elenco na temporada 2025. O treinador de 44 anos chegará para sua segunda passagem em solo piauiense, pois já comandou o River em 2019. No Vaqueiro Belchior, terá pela frente a Pré-Copa do Nordeste e Campeonato Piauiense.
“Expectativas muito boas né? De retornar ao futebol do Piauí e a Teresina. Será um campeonato de nível muito bom até mesmo pelas equipes que subiram da Série B como o CAP e o próprio Piauí e estamos sim conversando com a diretoria e trazendo em especial jogadores que estavam conosco em Pernambuco onde conquistamos o acesso”, afirmou Marcinho Guerreiro.
Foto: Ariel Lemos/Moto Club
Marcinho Guerreiro, 44 anos, teve seu último trabalho esse ano no Decisão, onde disputou o Campeonato Pernambucano Série A3 e antes disso, ainda nessa temporada passou pelos times maranhenses do Pinheiro e Moto Club, também comandou o Central-CE.
O treinador acumula muita experiência no futebol nordestino e já conhece bem o futebol piauiense devido à única passagem ou mesmo de jogar contra os clubes locais.
O Fluminense irá abrir o calendário do futebol piauienses em competições nacionais com a disputa da Pré-Copa do Nordeste. A equipe vai enfrentar o Santa Cruz-PE, em Recife. Depois disso, no dia 11 de janeiro inicia sua caminhada dentro do Estadual. A apresentação do elenco acontece no dia 2 de dezembro
Leiliane Lopes - 11/11/2024 20h55 | atualizado em 11/11/2024 21h53
A loja Debenhams, com sede no Reino Unido, retirou do site um suéter de Natal chamado “Gay In A Manger” [Um gay na manjedoura] após receber críticas de grupos cristãos. A peça, criada pela marca de roupas Grindstore, exibia uma estampa roxa com um arco-íris, símbolo da comunidade LGBT+. O item custava 38,99 libras (aproximadamente R$ 289). Uma caneca com a mesma estampa também foi retirada do site.
As críticas vieram principalmente nas redes sociais, onde usuários questionaram o respeito da loja com símbolos religiosos. Além da Debenhams, a Grindstore vende esses produtos por meio de outras plataformas, como Amazon. A marca, localizada em Norfolk, retirou também outras peças de sua linha com temas cristãos, incluindo cartões “Ah-men” e uma camiseta “Bad Religion” com Jesus em uma moto.
Lideranças cristãs expressaram insatisfação com os produtos. O ex-parlamentar Jacob Rees-Mogg afirmou que a loja não faria o mesmo com a fé islâmica, enquanto o pastor Rikki Doolan, da igreja Spirit Embassy, em Londres, questionou a loja nas redes sociais, pedindo respeito com a fé cristã.
Andrea Williams, do grupo de defesa Christian Concern, sugeriu que consumidores boicotem a Grindstore devido aos produtos. Em resposta, a Debenhams disse que os itens foram retirados temporariamente para revisão e análise, seguindo suas políticas internas.
A Grindstore, por sua vez, desculpou-se publicamente, afirmando que sua intenção não era ofender, e informou que os produtos em questão foram removidos de circulação.
Após sair das lojas físicas em 2021, a Debenhams passou a operar apenas online após ser adquirida pela Boohoo, mas sem manter suas lojas no Reino Unido. As informações são do DailyMail.
Os países árabes e muçulmanos pediram a Israel, nesta segunda-feira (11), que se retire dos territórios que ocupa desde 1967 para alcançar uma paz "global", durante uma cúpula realizada na Arábia Saudita sobre o Oriente Médio, transformado em um barril de pólvora pelas guerras em Gaza e no Líbano.
"Uma paz justa e global (...) não pode ser alcançada sem o fim da ocupação israelense de todos os territórios árabes ocupados" desde junho de 1967 — Cisjordânia e Jerusalém Oriental, Gaza e as Colinas de Golã sírias — declara a declaração final da cúpula.
Essas propostas, lembram, estão alinhadas com a "Iniciativa de Paz Árabe de 2002", que oferecia a Israel a normalização regional em troca da criação de um Estado palestino.
Os participantes da cúpula conjunta em Riade da Liga Árabe e da Organização para a Cooperação Islâmica (OCI) defendem a unidade de todos os territórios palestinos — a Faixa de Gaza e a Cisjordânia ocupada — dentro de um Estado palestino, cuja capital deve ser Jerusalém Oriental, ocupada e anexada por Israel.
Segundo analistas, essa cúpula ofereceu uma oportunidade para que os participantes expusessem suas expectativas sobre o futuro governo do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, que assumirá o cargo em janeiro.
Em seu primeiro mandato (2017-2021), o magnata republicano teve várias iniciativas favoráveis a Israel, como a transferência da embaixada americana de Tel Aviv para Jerusalém.
Ele também contribuiu para a normalização das relações de Israel com Bahrein, Emirados Árabes Unidos, Marrocos e Sudão, por meio dos Acordos de Abraão. Até então, dos 22 países da Liga Árabe, apenas Egito e Jordânia mantinham relações formais com o Estado israelense.
Porém, o governo de Benjamin Netanyahu, o mais à direita da história de Israel, se opõe à solução de dois Estados — Israel e Palestina —, que coexistiriam com garantias de segurança, uma solução apoiada pela maior parte da comunidade internacional para encerrar décadas de conflito.
Estabelecer um Estado palestino não é "hoje" um projeto "realista", declarou o chanceler israelense, Gideon Saar, em Jerusalém.
"Um Estado palestino (...) será um Estado do Hamas", o movimento islamista que governa Gaza, acrescentou.
- "Crime de genocídio" -
A cúpula árabe-muçulmana condenou o "crime de genocídio" cometido pelo Exército israelense na Faixa de Gaza, "particularmente no norte" do território palestino "nas últimas semanas".
Também exigiu "proibir a exportação ou transferência de armas e munições para Israel" e condenou "os contínuos ataques das autoridades israelenses e seus representantes contra a ONU".
A guerra em Gaza começou em 7 de outubro de 2023, quando combatentes islamistas mataram no sul de Israel 1.206 pessoas, em sua maioria civis, e sequestraram 251, segundo um levantamento da AFP baseado em dados oficiais israelenses.
Dos 251 capturados, cerca de cem continuam em cativeiro no território palestino, mas 34 foram declarados mortos pelo exército.
A campanha militar de represálias de Israel já deixou 43.603 mortos em Gaza, de acordo com dados do Ministério da Saúde do governo do Hamas, considerados confiáveis pela ONU.
O chefe da diplomacia da União Europeia, Josep Borrell, denunciou um forte risco de "fome" no norte da Faixa de Gaza e apontou que o termo "limpeza étnica" é cada vez mais usado para descrever a situação nessa área.
Desde 23 de setembro, Israel também conduz uma guerra aberta no Líbano contra o movimento islamista pró-iraniano Hezbollah, que lançava foguetes contra o território israelense desde o início da guerra em Gaza, em apoio ao Hamas.
Os bombardeios israelenses mataram nesta segunda-feira pelo menos sete pessoas, "em sua maioria mulheres e crianças", no sul do Líbano, e ao menos oito em uma aldeia do norte, segundo o Ministério da Saúde libanês.
- Aproximação Irã-Arábia Saudita -
"O mundo está esperando" que o novo governo americano de Donald Trump coloque "imediatamente" um fim às guerras de Israel com o Hamas e Hezbollah, declarou durante a cúpula de Riade o primeiro vice-primeiro-ministro do Irã, Mohammad Reza Aref.
Aref também acusou Israel de ações de "terrorismo organizado", em referência aos assassinatos nos últimos meses do chefe do Hamas, Yahya Sinwar, e de Hassan Nasrallah, líder do Hezbollah.
Também acredita-se que Israel tenha sido o assassinato do ex-líder do Hamas, Ismail Haniyeh em Teerã, na capital iraniana.
O príncipe herdeiro da Arábia Saudita, Mohamed bin Salman, disse que Israel deveria "respeitar a soberania territorial" e "se abster de atacar" o Irã.
Bin Salman classificou o Irã como uma "república irmã", em um sinal de que as relações entre os dois países se fortaleceram depois que colocaram fim aos sete anos de crise diplomática em 2023.
Esta aproximação "cria um entorno regional muito diferente" ao do primeiro mandato de Trump, lembrou H.A. Hellyer, especialista em segurança internacional do Royal United Services Institute de Londres.
O Irã, um dos principais inimigos de Israel, apoia o Hezbollah, o Hamas e os rebeldes huthis do Iêmen. Riade, por outro lado, trava uma guerra contra os huthis e considera o Hezbollah uma "organização terrorista".
- Hezbollah "preparado" para uma guerra longa -
Os huthis reivindicaram um ataque a uma base militar em Israel, cujo Exército confirmou ter interceptado um míssil do Iêmen.
Grupos iraquianos pró-Irã também reivindicaram ataques de drones contra Israel, que interceptou os aparelhos.
Um dirigente do Hezbollah, Mohamad Afif, disse que seu movimento estava "preparado para uma guerra de longo prazo". Também afirmou que o Exército israelense não ocupa nenhuma cidade no sul do Líbano, onde lançou uma ofensiva terrestre em 30 de setembro.
Na Faixa de Gaza, a Defesa Civil relatou a morte de cinco palestinos em bombardeios israelenses contra uma tenda para pessoas deslocadas em Nuseirat, no centro, e uma casa em Jabaliya, no norte do território.