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O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), detalhou suas intenções para o segundo turno das eleições municipais de 2024. Em coletiva nesta segunda-feira, 7 de outubro, Nunes deixou claro que não buscará o apoio de Pablo Marçal (PRTB), seu concorrente no primeiro turno, para o segundo turno do pleito. Essa aposta no distanciamento de Marçal marca uma etapa estratégica de sua campanha, que agora se alinha ainda mais ao centro e à direita política.
Durante seu primeiro evento de campanha pós-eleitoral, Nunes foi enfático ao rejeitar o ex-coach como aliado. “Não vou procurar [Marçal]. Se for procurado, direi a ele que espero que tenha aprendido com seus erros”, declarou o prefeito. Esse posicionamento reforça a sua disposição em manter um discurso independente e marcado por sua própria agenda política, sem alianças que possam diluir suas propostas.
Como Ricardo Nunes Pretende Conquistar Eleitores no Segundo Turno?
Nunes reconhece a importância do eleitorado que votou em Marçal e procurou dialogar diretamente com essa base. Em seu discurso, destacou que muitas das propostas de Marçal, como cursos profissionalizantes e educação financeira, já são práticas em sua gestão. Essa comunicação estratégica visa aproximar eleitores conservadores e conscientizá-los a respeito das realizações já implementadas sob sua administração.
No evento realizado no salão do Edifício Joelma, no centro de São Paulo, o prefeito reforçou o seu compromisso com o eleitorado feminino. “Estamos em uma batalha contra a extrema-esquerda”, comentou, em um esforço para agregar apoio contra Guilherme Boulos (PSOL) no segundo turno das eleições, marcado para o dia 27 de outubro.
Qual será o Tom da Campanha de Segundo Turno contra Guilherme Boulos?
Ricardo Nunes adiantou que a campanha de segundo turno será desafiadora, mencionando que “vamos precisar de oração e persistência”. Deixou claro que irá focar na experiência em seu confronto direto com Boulos, a quem acusa de “inexperiente” e de usar “jogo sujo” em suas estratégias de campanha. As acusações de Boulos sobre episódios passados, como o boletim de ocorrência por violência doméstica, foram refutadas por Nunes como discurso de ódio.
Essa retórica prevê uma campanha polarizada, onde Nunes tentará se apresentar como um candidato mais preparado para liderar a cidade em tempos difíceis, em contraste com a suposta inexperiência de Boulos.
Quem São os Aliados de Ricardo Nunes Durante a Campanha?
Em meio a essa disputa, Nunes conseguiu apoio de figuras políticas como Marina Helena, do partido Novo, e o ex-governador de São Paulo, José Serra (PSDB). Durante um evento, Marina ressaltou a importância de impedir a vitória de Boulos, enquanto José Serra se mostrou favorável à continuidade da gestão de Nunes.
- Marina Helena: “A gente precisa garantir que o Boulos não vai chegar lá.”
- José Serra: Apoio declarado no segundo turno das eleições municipais.
O Acirramento do Primeiro Turno: Lições para o Segundo?
O primeiro turno das eleições de 2024 foi notavelmente acirrado em São Paulo. A disputa foi marcada por diferenças mínimas entre Nunes e seu adversário Boulos. Nunes conseguiu 29,48% dos votos, frente aos 29,07% de Boulos, enquanto Marçal ficou de fora do segundo turno por uma diferença de apenas 56.854 votos. Esses números sublinham o quão competitivo este pleito se apresentou.
Mesmo com uma campanha polarizada, a pequena margem de votos que separa Nunes e Boulos reflete um eleitorado dividido, obrigando o atual prefeito a ajustar suas estratégias e buscar maneiras eficazes de dialogar com a população para garantir a reeleição.
Nunes, ao refletir sobre os resultados, relatou que Marçal se manifestou positivamente por meio de uma mensagem de “palminhas” recebida pelo WhatsApp, entre milhares de outras congratulações. “Sou uma pessoa educada. Vou responder, sim”, declarou ao mencionar a interação, destacando sua disposição em manter um diálogo saudável até mesmo com oponentes.
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