ARMAZÉM PARAÍBA, SUCESSO EM QUALQUER LUGAR.

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domingo, 2 de março de 2025

O STF de ontem e o de hoje, por Ives Gandra da Silva Martins

 newsrondonia

Formei-me em 1958 em Direito na FDUSP e desde o início da década de 60,quando cinco dos atuais Ministros ainda não tinham nascido, atuo perante a Suprema Corte. À época, o Poder Judiciário só podia dizer se uma lei era ou não constitucional, mas jamais elaborá-la e, mesmo no regime de exceção (1964-1985), sempre assim agiu.

Sendo assim, a característica maior do STF era ser um Poder Técnico e, portanto, um legislador negativo, em absoluta consonância com o previsto no artigo 103, §2º da CF/88, de acordo com o qual nem nas ações diretas de inconstitucionalidade por omissão poderiam os Ministros elaborar a lei, no máximo podendo declarar sua omissão inconstitucional e pedir ao Legislativo para fazê-la:

§2º Declarada a inconstitucionalidade por omissão de medida para tornar efetiva norma constitucional, será dada ciência ao Poder competente para a adoção das providências necessárias (…).

Hoje, entretanto, a Suprema Corte adota uma linha diferente, atuando também como legislador positivo e, até mesmo como corretor de rumos do Executivo, legisla e administra. Segue, pois, linha doutrinária cujo nome varia de neoconstitucionalismo, consequencialismo a jurisdição constitucional.

Significa dizer que, repetidas vezes, o STF tornou-se Poder Político, legislando em matérias que deveriam ser exclusivamente do Congresso, como no marco temporal, no aborto, na internet, casamento entre pessoas do mesmo sexo, drogas, anencefalia, etc.

Ocorre que o Judiciário, por não representar o povo, mas apenas a lei, ao exercer funções legislativas e administrativas, condena o país a ter 3 Poderes políticos e não 2 políticos e 1 técnico, gerando, a meu ver, insegurança jurídica, com eliminação do juiz natural, inquéritos intermináveis, alargamentos do foro privilegiado para um universo de cidadãos comuns, o estabelecimento de uma única instância sem via recursal, dificuldades de acesso às acusações, banalização das prisões provisórias e preventivas.

Por esta razão, os Ministros só podem sair cercados de seguranças, recebendo do povo o mesmo tratamento dos políticos, com apoio daqueles que representam a linha por quem o STF demonstra preferência no cenário político e críticas daqueles que não.

Lembro-me quando, nos 43 Simpósios de Direito Tributário que coordenei no Centro de Extensão Universitária, sempre trazendo Ministros do STF, STJ e desembargadores para palestrarem, que saia com os Ministros Moreira Alves, Oscar Corrêa, Sydney Sanches, Cezar Peluso, Cordeiro Guerra e outros para jantar, às vezes, andando sozinhos pela rua, sem necessidade de nenhum segurança.

Com todo o respeito que os eminentes Ministros da Suprema Corte, que são grandes juristas, merecem, entendo não ter sido tal atuação a vontade do Constituinte claramente expressa em dizer que caberia ao Legislativo zelar por sua competência normativa perante os Poderes Judiciário e Executivo:

Art. 49. É da competência exclusiva do Congresso Nacional:

XI – zelar pela preservação de sua competência legislativa em face da atribuição normativa dos outros Poderes;

Nunca discuti o nível dos Ministros, sua idoneidade moral e competência, mas permito-me, como um velho professor, divergir doutrinariamente da linha por eles adotada, lembrando que minha palavra serve, no máximo, para reflexões acadêmicas, enquanto que suas decisões têm força de lei.

No entanto, no momento que, uma vez examinados o Poderes Judiciários de 142 países, ficamos em 80º lugar no Rule of Law Index (Índice de Estado de Direito), publicado pelo WJP (World Justice Project), creio que muito há para meditar.

O STF de ontem e o de hoje, por Ives Gandra da Silva Martins - News Rondônia

Ives Gandra da Silva Martins é professor emérito das universidades Mackenzie, Unip, Unifieo, UniFMU, do Ciee/O Estado de São Paulo, das Escolas de Comando e Estado-Maior do Exército (Eceme), Superior de Guerra (ESG) e da Magistratura do Tribunal Regional Federal – 1ª Região, professor honorário das Universidades Austral (Argentina), San Martin de Porres (Peru) e Vasili Goldis (Romênia), doutor honoris causa das Universidades de Craiova (Romênia) e das PUCs PR e RS, catedrático da Universidade do Minho (Portugal), presidente do Conselho Superior de Direito da Fecomercio -SP, ex-presidente da Academia Paulista de Letras (APL) e do Instituto dos Advogados de São Paulo (Iasp).

sábado, 1 de março de 2025

Delação premiada só é tortura na Lava Jato

JCO

Antes de mudar completamente de entendimento, o ministro Gilmar Mendes, do STF, achava que a Lava Jato estava fazendo um bom trabalho para limpar o Brasil da corrupção. Sua resposta escrita enviada a uma jornalista foi a seguinte:

“O ministro Gilmar considera a Lava Jato um ‘divisor de águas no país’, assim como o julgamento do mensalão. No evento do grupo Lide, de 19 de junho de 2017, o ministro Gilmar elogiou a operação Lava Jato como uma ‘importante conquista’ no combate à corrupção. Não há qualquer contrassenso em reconhecer e criticar, pontualmente, eventuais abusos e ilegalidades desta ou de qualquer outra investigação. Basta lembrar-se das manifestações críticas e decisões do ministro nas operações Navalha, Satiagraha, Anaconda e na Súmula das Algemas. O ministro Gilmar, por seu histórico jurídico, é legalista, defensor da Constituição e do respeito às leis e não coaduna com irregularidades, mesmo como subterfúgio numa luta tão importante para o país, que é o combate à corrupção”.

Posteriormente, o ministro condenou as delações premiadas da Lava Jato, declarando-se indignado e defendendo o conceito de que isso é tortura. Em 2023, durante sessão no tribunal, voltou a se referir como tortura os acordos de delação de presos ao criticar métodos na Lava Jato.

Já em relação à delação do coronel Mário Cid, o ministro, num café com jornalistas, declarou que a delação está “lastreada em fatos” e que o inquérito da Polícia Federal é “exemplar”.  Além disso, afirmou que não acredita que o acordo seja anulado.

Antes disso Mendes atacava o PT dizendo que a Lava-Jato revelara um modelo de governança corrupta, e que o PT instalou no país uma "cleptocracia", que significa estado governado por ladrões. A declaração foi dada depois que ele foi questionado sobre a ameaça do PT de processá-lo por causa das críticas feitas ao partido durante o julgamento da doação de empresas para as campanhas. Quanto a delação de Mauro Cid, o ministro acha, apesar das evidências, que não houve tortura. Cid mudou sua versão dos fatos em várias ocasiões, e confidenciou a pessoas próximas a ele que era ameaçado e constrangido para moldar seu depoimento à narrativa das autoridades investigadoras.

Vídeo do acordo de colaboração mostra o momento em que o ministro Alexandre de Moraes ameaça Cid de prisão caso ele mantivesse omissões quanto às informações prestadas em depoimento. Segundo Moraes, "Essa audiência foi convocada como mais uma tentativa de permitir ao colaborador que preste as informações verdadeiras. [...] Aqui, é importante, e exatamente por isso, a fim de possibilitar uma maior reflexão do colaborador com seus advogados para que esclareça omissões e contradições, sob pena, não só da decretação de prisão, como também da cessação e consequente rescisão da colaboração".

E o pior é que a Procuradoria-Geral da República (PGR) defendeu o arquivamento da proposta de delação de Cid três dias antes de o acordo ser validado por Moraes, em 9 de setembro de 2023, com Cid ainda na prisão. Depois disso, ele foi posto em liberdade provisória. O pedido de arquivamento da delação feito pela PGR ocorreu em 6 de setembro do mesmo ano.  O parecer, proferido durante a gestão de Augusto Aras, foi assinado pelo subprocurador-geral Humberto Jacques de Medeiros. A manifestação começava com uma crítica à pressa em se firmar o acordo de delação com o militar: “Inexiste, portanto, contemporaneidade ou especial urgência de um provimento jurisdicional premente sobre o que apresentado pela Polícia Federal e do que foi inteirada a Procuradoria-Geral da República há menos de 48 horas”, pois, segundo o ditado popular,  “todo bom negócio resiste a uma boa pensada, e é aplicável aqui”.

Talvez prevendo que seria cobrado por ter dito que delação premiada é tortura, Mendes, antecipando seu entendimento, afirmou:

“É claro que a delação do Mauro Cid é extremamente importante. Mas nós estamos vendo que ela está lastreada em fatos. Vocês têm divulgado um diálogo que o ministro Alexandre de Moraes mantém com ele, mostrando as contradições. Mas as contradições que ele mostra (são) diante de fatos já investigados, dizendo: ‘Isso não corresponde à verdade'”, declarou Gilmar. O decano não crê que mudaria alguma coisa alterar para o plenário o julgamento de Bolsonaro, previsto para ocorrer na 1ª turma, formada por Moraes, Cristiano Zanin, Cármen Lúcia, Luiz Fux e Flávio Dino, quatro deles indicado por Lula.

Foto de Luiz Holanda

Luiz Holanda

Advogado e professor universitário

URGENTE: Relator da OEA emite sua 1ª manifestação sobre sua visita ao Brasil

JCO

A Relatoria Especial para Liberdade de Expressão do CIDH Organização dos Estados Americanos (OEA), disse na sexta-feira (28.02) “reconhecer” o compromisso do Brasil com a democracia e os direitos humanos.

Isso é simplesmente decepcionante. De qualquer forma, a nota emitida não traz conclusões sobre o que pode ser o relatório ainda a ser produzido, mas dá indícios de que o relator Pedro Vaca pode adotar uma posição totalmente parcial, típica de militante de esquerda.

Pedro Vaca ouviu opiniões divergentes sobre o estado da liberdade de expressão no Brasil e ainda não emitiu um juízo a respeito. Não há um prazo conhecido para que um documento final seja emitido por essa instância da OEA.

Vamos aguardar.

Trump foi simplesmente brilhante... Zelensky cometeu um erro fatal

JCO

Se você criticou o “jeito” de Trump sem entender a complexa arte da negociação, pare agora e apague o que escreveu - caso contrário, só estará expondo sua ignorância.

Se você não tem um MBA ou sequer um curso básico de Negociação Estratégica, você é a última pessoa que deveria opinar sobre o assunto.

Trump, por outro lado, já negociou centenas de vezes ao longo da vida, tem formação sólida e até escreveu ‘The Art of The Deal’ (A arte do acordo).

Ele sabe que uma boa negociação não pode ser um jogo de soma zero, precisa ser um ganha-ganha, pois, do contrário, o acordo jamais será cumprido.

Zelensky, um comediante sem experiência real em negócios ou diplomacia, não percebeu o que estava acontecendo.

Trump estava articulando um substituto para a OTAN, garantindo a segurança da Ucrânia sem amarrar os EUA em um conflito sem fim.

O acordo comercial que poderia ter sido assinado ontem mesmo foi sabotado por Zelensky, que na última hora tentou incluir novas exigências.

Esse erro fatal jogou fora uma oportunidade histórica.

Enquanto a esquerda acredita no mantra ingênuo de “faça amor, não a guerra”, a direita pragmática segue o princípio de “faça comércio e evite a guerra”.

Quer um exemplo? Taiwan não foi invadida pela China porque os Estados Unidos dependem economicamente da ilha. Mas a Ucrânia?

Para os EUA, sua relevância estratégica é mínima.

Trump iria substituir OTAN pelo próprio interesse dos Estados Unidos, (não mexam com nossa parceira a Ucrânia), mas Zelensky não percebeu.

Em vez de aceitar o tratado comercial e garantir a estabilidade do seu país, Zelensky já de início atacou Trump e Vance, acusando-os de não pensarem no povo ucraniano.

Foi nesse momento que Trump e Vance perceberam que estavam sendo usados.

Trump também sabe algo que muitos parecem ignorar: a Rússia tem armas nucleares.

E um conflito prolongado com Moscou poderia levar a uma Terceira Guerra Mundial, com ogivas voando para todos os lados.

Zelensky, por sua vez, reagiu com alarmismo, dizendo que Putin não pararia na Ucrânia e que Polônia e Dinamarca seriam os próximos alvos.

Claramente, não fez sua lição de casa.

Assim como muitos de vocês que repetem esse argumento sem nunca terem lido Alexander Dugin, o principal ideólogo de Putin.

Dugin não quer reconstruir a URSS, ele quer reunificar os russos étnicos, muitos dos quais estão na própria Ucrânia.

Trump e Vance ficaram furiosos.

Eles estavam oferecendo uma saída para Zelensky, uma oportunidade para negociar sem ser responsabilizado pelas 45.000 mortes ucranianas e os 360.000 feridos.

Zelensky poderia ter saído ileso:

“Foi Trump que me obrigou a ceder a Putin, não eu.”

Os jornalistas, previsivelmente, não entenderam nada do que aconteceu ontem.

Mas a verdade é clara: Trump e Vance deram um grande passo para encerrar essa guerra.

Stephen Kanitz. Consultor de empresas e conferencista brasileiro, mestre em Administração de Empresas da Harvard Business School e bacharel em Contabilidade pela Universidade de São Paulo.

ANIVERSARIANTE DO DIA.

Hoje minha querida e linda amiga Milagres completa mais um ano de vida, pedimos a DEUS que lhe abençoe e proteja juntamente com seus familiares.

Parabéns!!!

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Moraes diz "não" a General

 JCO

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), negou nesta sexta-feira (28) pedido dos advogados do general Braga Netto para ampliar o prazo para apresentação de defesa sobre a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) envolvendo o inquérito do suposto golpe.

Na petição enviada a Moraes, o advogado José Luiz de Oliveira disse que a defesa necessita de prazo dobrado de 30 dias para se manifestar nos autos. O prazo dado pelo ministro é de 15 dias, está previsto na legislação e termina no dia 7 de março. Segundo a defesa, o material a ser analisado tem cerca de 70 gigabytes e 1.400 arquivos.

O advogado também afirmou que não teve acesso à íntegra da delação do ex-ajudante de ordens Mauro Cid. A defesa de Braga Netto também quer apresentar sua manifestação após a defesa de Cid.

Ao analisar o pedido, Alexandre de Moraes disse que a defesa de Braga Netto possui amplo acesso às provas documentadas nas investigações e as que constam na denúncia da PGR.

"Mais uma vez, não assiste razão à defesa, que, parece, não ter consultado os autos", afirmou o ministro.

AO VIVO: Tarcísio solta o verbo na Paulista (veja o vídeo)

JCO 29/06/2025 às 15:02 Neste domingo (29/6), o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou a liderar uma nova mobilização na Avenida Paulista,...