A ex-presidente Dilma Rousseff, atual presidente do Novo Banco de Desenvolvimento (NDB), o Banco fundado pelo Brics, conseguiu criar duas situações de ‘saia justa’ entre o governo brasileiro e os Estados Unidos, em poucos minutos de reunião, em São Petersburgo, na Rússia.
Primeiro, pelo fato de seu anfitrião ser o próprio presidente russo, Vladmir Putin, que lidera o seu país em uma guerra sangrenta que já dura quase um ano e meio contra a Ucrânia.
Putin é considerado por dezenas de países europeus como persona non grata e um homem procurado e com a "cabeça à prêmio”, em função de supostos crimes de guerra que teria cometido neste período.
O segundo motivo foi justamente o tema da pauta do encontro, que é o fim gradativo do uso do dólar, a moeda norte americana, como base de câmbio nas importações e exportações realizadas entre os países do Brics, bloco formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul.
Uma trama para escantear o país norte-americano e que já causou desconforto recente, quando o descondenado presidente brasileiro, Lula, propôs a mesma coisa, durante viagem à China.
“Não tem nenhuma justificativa para que os países em desenvolvimento não possam estabelecer entre si troca em moeda local. A nossa estratégia 2022-2026 estabelece que 30% das nossas captações têm de ser em moeda local”, disse Dilma.
Putin é alvo de uma ordem expedida pelo Tribunal Penal Internacional e não poderá comparecer à cúpula dos Brics, de 22 a 24 de agosto, na África do Sul, sob risco de ser capturado e preso no percurso. Assim, a petista se adiantou e foi ao encontro dele.
O Brasil tem sido alvo de críticas de vários governos estrangeiros primeiro, ainda durante o governo de Jair Bolsonaro, por causa de sua neutralidade em relação à guerra, mas que acabou se tornando ainda pior, após a posse de Lula, que, sem noção, passou a culpar os Estados Unidos, a ONU e a até mesmo a própria Ucrânia pelo conflito.
Uma situação lamentável
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