Pleno.News - 24/08/2023 15h34 | atualizado em 24/08/2023 18h44
A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de Janeiro virou palco de um embate entre dois parlamentares evangélicos: a relatora Eliziane Gama (PSD-MA) e o deputado Marco Feliciano (PL-SP). A senadora chamou Feliciano de misógino. O parlamentar, por sua vez, disse que Eliziane está irada, porque não consegue visitar as igrejas do Maranhão sem ser vaiada.
– Desde o primeiro dia que eu cheguei a essa comissão o senhor me provoca. O senhor me olha com um olhar carregado de ódio – disse Eliziane.
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– O senhor se tornou uma pessoa abjeta, misógina. O tratamento que o senhor dá às mulheres nesta Casa é surreal – completou.
Num desabafo na comissão, a senadora contou que, quando jovem, vendia pães e cachorro-quente para arrecadar fundos e bancar a ida de Feliciano para pregar em sua igreja.
– O senhor não merece ser chamado de pastor, porque pastor não é carregado de ódio – afirmou Eliziane.
– Siga o evangelho de Cristo, porque o seu evangelho não é o do meu senhor Jesus Cristo de Nazaré – completou a parlamentar desejando que Deus abençoe Feliciano.
Em resposta a Eliziane, o deputado disse que ela “ataca a sua religião e a sua fé”.
– A senadora usou a Bíblia e eu quero dizer que quando Jesus foi acusado, lá no meio do deserto, o diabo usou a mesma Bíblia. O diabo conhece tanto a Bíblia quanto a senadora conhece – disse Feliciano.
– Ela é uma mentirosa contumaz – finalizou.
A briga entre os dois parlamentares evangélicos começou após Feliciano citar uma publicação de Eliziane nas redes sociais, na qual a senadora o acusa de ter “partido para cima de uma mulher” durante a reunião privada da CPMI realizada na última terça-feira (22).
Nesta quinta-feira (24), Eliziane respondeu Feliciano e disse que o deputado gritou com ela durante a reunião. Ainda segundo a senadora, o deputado pediu desculpas por causa da discussão, mas depois usou as redes sociais para “tripudiar”. Feliciano escreveu, na última terça, que Eliziane “se vitimiza como todo ‘bom’ esquerdista”.
O presidente da CPMI, Arthur Maia (União Brasil- BA), tentou parar a discussão. Ele disse que a desavença entre os dois parlamentares não é assunto da comissão. Maia ainda solicitou que os termos ofensivos utilizados por ambos fosse retirado das notas taquigráficas.
*AE
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