O senador Marcos do Val (Podemos-ES) fez denúncias contra o ministro da Justiça, Flávio Dino, em relação a uma suposta instrumentalização da Polícia Federal para perseguir membros de grupos de direita.
O parlamentar afirmou que o ministro estaria replicando práticas que já adotava no Maranhão, onde foi governador, utilizando a polícia local para atender a seus interesses.
De acordo com o senador, um jovem de 17 anos, integrante de um grupo de direita do qual o parlamentar também faz parte, foi intimado pela Polícia Federal a prestar depoimento como investigado, por críticas ao ministro. Marcos do Val expressou indignação com o uso do efetivo da PF, segundo ele, para coibir a liberdade de expressão e a manifestação do pensamento, direitos assegurados pela Constituição brasileira.
"Eu nunca poderia imaginar que chegaria a esse ponto de tirar o tempo da Polícia Federal, uma polícia de excelência, para ficar investigando grupo de direita que está falando mal do ministro da Justiça [...] como é que você quer ser uma figura pública e não entender que isso faz parte da democracia, da liberdade de expressão?", questionou o parlamentar.
O senador destacou que as regras do grupo em questão proíbem discursos xenofóbicos, disseminação de ódio, promoção de notícias falsas e outros comportamentos prejudiciais, visando manter um ambiente de respeito e civilidade.
Marcos do Val conclamou os colegas senadores a unirem esforços para conter a prática, independentemente de suas posições políticas, reforçando a importância da união em defesa das instituições democráticas.
"Aqui a gente tem um entendimento de união, independentemente de partido, de radicalismo, para que a gente tenha que frear isso, parar isso, porque, se a gente finge que não tem nada acontecendo, as coisas vão tomando uma dimensão como a que chegou o ministro Alexandre de Moraes, de invadir o gabinete de um Senador da República sem fato determinado", enfatizou.
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