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atualizado
O diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Passos, avaliou, nesta quinta-feira (9/11), uma fala do embaixador de Israel no Brasil, Daniel Zonshine, como depreciativa e desrespeitosa. Após uma operação da Polícia Federal prender brasileiros recrutados pelo grupo radical Hezbollah, do Líbano, Zonshine disse que se os extremistas miraram o Brasil, é porque há pessoas dispostas a serem radicalizadas.
“Temos ações de cooperação policial com mais de uma centena de países, e nunca houve manifestações depreciativas como estas agora”, disse Passos ao Metrópoles. O diretor-geral também falou em prejuízos de “futuras ações nossas”. A operação da PF teve apoio de troca de informações com o governo de Israel.
Os brasileiros recrutados pelo Hezbollah foram presos por suspeita de planejar atacar prédios da comunidade judaica no Brasil. A Polícia Federal cumpriu ao menos 11 mandados de busca e dois de prisão temporária em São Paulo, Minas Gerais e Distrito Federal. O governo de Israel compartilhou informações para possibilitar a operação.
Recrutadores e recrutados poderão responder pelos crimes de constituir ou integrar organização terrorista e de realizar atos preparatórios de terrorismo, cujas penas máximas, se somadas, chegam a 15 anos e 6 meses de reclusão.
Os crimes previstos na Lei de Terrorismo são equiparados a hediondos, considerados inafiançáveis, insuscetíveis de graça, anistia ou indulto.
Em dia de operação da PF, embaixador de Israel aparece na Câmara
Nessa quarta-feira (8/11), Zonshine se encontrou com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e parlamentares de oposição na Câmara dos Deputados para mostrar vídeos da ofensiva do Hamas, grupo extremista da Palestina, contra Israel, na guerra reiniciada em 7 de outubro.
A reunião foi informada, em cima da hora, para os deputados pelo colega Gustavo Gayer (PL-GO), em um grupo de WhatsApp.
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