Os trabalhos devem mirar a atuação do padre Júlio Lancellotti na região central de São Paulo, mais especificamente na cracolândia, e a relação dele com as entidades.
Hábil, Rubinho Nunes já articulou junto à cúpula do Legislativo um acordo para instalação da CPI após ter conseguido as 24 assinaturas necessárias.
O padre tem ligações umbilicais com Guilherme Boulos (PSOL), um dos pré-candidatos à Prefeitura de SP em 2024.
As duas entidades que o vereador já definiu que deverão ser alvos da CPI são o Centro Social Nossa Senhora do Bom Parto, conhecida como Bompar, e o coletivo Craco Resiste. Ambas atuam junto à população em situação de rua e dependentes químicos da região central da cidade, assim como o padre.
A primeira é uma entidade filantrópica ligada à igreja católica da qual o padre Júlio já foi conselheiro. A segunda atua contra a violência policial na região da cracolândia.
O padre tenta se desvincular das entidades.
"Elas são autônomas, têm diretorias, técnicos, funcionários. A Câmara tem direito de fazer uma CPI, mas vai investigar e não vai me encontrar em nenhuma das duas", alega.
Rubinho Nunes acusa o religioso de fazer parcerias com as entidades. E garante que já recebeu "inúmeras denúncias" sobre a atuação de várias ONGs no Centro de São Paulo, que dão alimentos, mas não realizam o acolhimento dos vulneráveis:
“Existe uma chamada máfia da miséria para obter ganhos por meio da boa-fé da população e isso não é ético e nem moral. O padre Júlio é o verdadeiro cafetão de miséria em São Paulo. A atuação dele retroalimenta a situação das pessoas. Não é só comida e sabonete que vai resolver a situação”.
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