quarta-feira, 3 de janeiro de 2024

Diálogo com torre de controle revela autorização de pouso para avião com 379 passageiros envolvido em colisão aérea no Japão

Autoridades de aviação civil do Japão disseram nesta quarta-feira (3) que o avião da Japan Airlines com 379 pessoas a bordo que colidiu na terça-feira (2) com uma aeronave da Guarda Costeira em uma pista de pouso havia recebido permissão para pousar.

A permissão, segundo as autoridades, foi confirmada após análise do diálogo entre o piloto da Japan Airlines e a torre de controle do aeroporto internacional de Haneda, em Tóquio, onde houve a colisão.

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A transcrição do diálogo foi o primeiro passo das investigações abertas pelo governo para apurar qual foi o erro que causou o choque. A colisão provocou uma explosão instantânea nos dois aviões, e cinco dos seis tripulantes do turboélice De Havilland Dash-8 da Guarda Costeira morreram. O piloto foi internado em estado grave.

A aeronave esperava na pista para levar mantimentos à costa oeste do Japão, atingida por um terremoto de magnitude 7,6 apenas um dia antes.

Já todas as 379 pessoas a bordo do Airbus A350 da Japan Airlines escaparam com vida.

A transcrição do diálogo com a torre respaldam a versão dada na terça-feira (2) pela Japan Airlines. Em entrevista à imprensa, a primeira após a batida, executivos da companhia alegaram que o piloto havia recebido permissão para pousar.


Já a aeronave da Guarda Costeira, também segundo as transcrições, foi instruída a taxiar até um ponto de espera próximo à pista.

Um funcionário do departamento de aviação civil do Japão disse a repórteres que não havia nenhuma indicação nessas transcrições de que a aeronave da Guarda Costeira tivesse recebido permissão para decolar.

A Guarda Costeira também afirmou que o capitão de sua aeronave entrou na pista após receber permissão.

“O Ministério dos Transportes está apresentando material objetivo e cooperará totalmente com a… investigação para garantir que trabalhemos juntos para tomar todas as medidas de segurança possíveis para evitar uma recorrência”, disse o ministro dos Transportes do Japão, Tetsuo Saito.

O caso está sendo investigado pelo Conselho de Segurança dos Transportes do Japão (JTSB) e também tem participação da França e do Reino Unido, fabricantes do Airbus e dos motores do avião da Guarda Costeira, respectivamente.

O segundo passo das investigações será analisar a caixa preta dos dois aviões.

G1

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