Thamirys Andrade - 17/04/2024 14h22 | atualizado em 17/04/2024 17h05
O caso da mulher que levou o cadáver do tio em uma cadeira de rodas até um banco para tentar receber uma quantia em dinheiro está dando o que falar não somente nas redes sociais, mas também na mídia internacional. A situação, que ocorreu na última terça-feira (17) em Bangu, na Zona Oeste do Rio de Janeiro, chegou a ser comparada pelo tabloide Daily Star com o filme Um Morto Muito Louco.
A produção de 1989 retrata dois amigos que fingem que seu patrão, que foi assassinado, seguia vivo, a fim de se livrarem de problemas envolvendo uma fraude milionária.
– Um Morto Muito Louco da vida real! Mulher leva “tio” morto ao banco para assinar o empréstimo, alegando que ele simplesmente “nunca fala” – anunciou o Daily Star.
Alguns dos outros veículos que repercutiram o caso foram The Sun, The Telegraph, New York Post e The Guardian, Mail Online, Mirror, Metro e Le Parisien.
– “Ele não parece bem”: em momento aterrorizante, mulher leva seu tio morto para o banco em um golpe descarado enquanto tentava fazer um empréstimo em nome dele – escreveu o The Sun.
– Mulher brasileira descaradamente leva o cadáver de um idoso ao banco para assinar um empréstimo para ela: “Tio, você está ouvindo?” – assinalou o New York Post.
– “Ele está muito pálido”: mulher leva seu tio morto à banco no Brasil e tenta retirar 3 mil euros em seu nome – também publicou o Le Parisien.
Identificada como Érika de Souza Vieira Nunes, a mulher tentou simular uma assinatura usando o corpo do tio para conseguir uma ordem de pagamento de R$ 17 mil, proveniente de um seguro a que ele tinha direito. Ela alega que, além de sobrinha, era cuidadora do idoso.
No entanto, a pele pálida e os claros indícios de que o homem estava no mínimo inconsciente chamaram a atenção dos funcionários. Apesar dos questionamentos das atendentes, Érika tentava sustentar a cabeça do cadáver com uma das mãos e conversava com ele, tentando persuadi-lo a assinar o empréstimo.
Assista as cenas. Atenção, imagens fortes!
Assustados, os funcionários acionaram a polícia e também o Samu, que constataram que o homem já estava morto há algumas horas.
A defesa de Erika alega que o tio morreu na agência bancária, entretanto, a Polícia Civil informou que tudo indica que Paulo morreu deitado, já que os livores cadavéricos, ou seja, os acúmulos de sangue decorrentes da interrupção da circulação, estavam na nuca. Além disso, câmeras registraram que o homem já tinha a cabeça tombada pouco antes da chegada ao banco.
Erika foi presa em flagrante sob suspeita de tentativa de furto mediante fraude e vilipêndio de cadáver.
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