terça-feira, 10 de setembro de 2024

Entenda o que é a cirurgia de amputação do reto pela qual Preta Gil passou

Catraca Livre
preta-gil© reprodução/Instagram/pretagil

A cantora Preta Gil contou em entrevista ao programa “Fantástico”, da TV Globo, que precisou fazer amputação do reto como parte do tratamento para o câncer colorretal, diagnosticado em 2023. 

Casos de câncer colorretal mais que triplicaram em adolescentes nos últimos 20 anos© Fornecido por Catraca Livre

A cirurgia, também chamada de ressecção abdominoperineal do reto, foi realizada há um ano. 

“Tudo nessa doença é um grande tabu. Eu amputei o reto e eu não posso ter vergonha porque é a minha realidade”, afirmou Preta.

Créditos: reprodução/Instagram/pretagil

O que é a cirurgia de amputação de reto?

A cirurgia de amputação do reto é um procedimento cirúrgico utilizado principalmente no tratamento de cânceres localizados no reto.

Nessa operação, todo o reto e o canal anal são removidos, juntamente com parte dos tecidos circundantes, para garantir a remoção completa do tumor e prevenir a recorrência da doença.

A amputação do reto é indicada em casos em que o câncer está localizado muito próximo ao ânus, impossibilitando outras cirurgias que preservem o esfíncter anal e a continência fecal.

Também pode ser indicada quando o tumor é muito invasivo ou recorre após tratamentos anteriores, como quimioterapia ou radioterapia.

Como é feita a cirurgia de amputação do reto?

A cirurgia é realizada em duas etapas principais: a primeira envolve a remoção do reto e do canal anal; a segunda, a retirada dos tecidos ao redor do ânus através de uma incisão perineal. Essa abordagem combinada garante a remoção completa da área afetada.

Após a remoção, é criada uma colostomia permanente, onde a extremidade do intestino grosso é trazida para a superfície da pele, permitindo a eliminação das fezes através de uma bolsa coletora. Essa mudança na anatomia digestiva requer adaptação, mas é essencial para a cura da doença.

Em quais casos a cirurgia pode ser necessária?

De acordo com a Johns Hopkins Medicine, o motivo mais comum para retirada do reto é o câncer colorretal. Ela também pode ser usada para tratar uma doença inflamatória intestinal. Isso inclui:

  • Colite ulcerativa: doença que faz com que úlceras e infecções se formem na camada interna do cólon e reto.
  • Doença de Crohn, que causa inflamação, irritação e feridas que vão fundo na parede do cólon. Pode acontecer em qualquer lugar ao longo do trato digestivo.

O que é o câncer colorretal?

Segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca), o câncer colorretal, também chamado de câncer de intestino, é o terceiro mais frequente na população brasileira. É superado apenas pelos de mama e próstata, desconsiderando o de pele não melanoma.

Créditos: RyanKing999/istock

Este tipo de câncer pode se desenvolver no cólon (intestino grosso) ou no reto. Inicialmente, a doença surge como um pólipo não cancerígeno no revestimento interno desses órgãos, que pode evoluir para um tumor maligno.

Entre os fatores de risco, encontram-se componentes genéticos, doenças inflamatórias intestinais, tabagismo, obesidade, sedentarismo e idade avançada.

Sintomas iniciais do câncer colorretal

  • Sangue nas fezes;
  • Ir mais ou ir menos ao banheiro sem causa aparente;
  • Alteração na forma das fezes;
  • Cólica abdominal.

Em estágios mais avançados, a doença pode provocar anemia, perda de apetite, emagrecimento e cansaço.

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