JCO
Ele representa algo muito mais profundo e inquietante: uma revolta explícita contra os abusos da esquerda nas últimas décadas, tanto no Brasil quanto no cenário internacional.
Nos últimos 10 anos, a esquerda ultrapassou limites enquanto esteve no poder. O fim da Lava Jato, o desmonte do combate à corrupção, a devolução de bilhões a políticos flagrados e o aparelhamento do STF deixaram a direita acuada. Nos EUA, o impeachment de Trump e políticas polarizadoras seguiram o mesmo padrão.
Até recentemente, a direita aceitava a alternância de poder pacificamente, mas a esquerda, mesmo fora do poder, continuava seus ataques, demonizando empresários e a burguesia. Esse discurso de ódio inflamou ânimos, consolidando a narrativa de “nós contra eles”.
O atentado a Bolsonaro e o cerco político contra Trump foram o estopim. A imagem de Trump erguendo o punho fechado simboliza um chamado à luta direta. Caminhamos para uma guerra civil ideológica, com a direita disposta a perseguir a esquerda como no macarthismo.
No Brasil, a polarização destruiu famílias e amizades. Ninguém sabe o que seria uma direita moderada. Mesmo movimentos como comunitarismo ou administração socialmente responsável não tiveram espaço na esquerda, que optou por discursos violentos.
Greves que ameaçam trabalhadores, guerrilhas e violência tributária mostram que o discurso de “paz e democracia” é fachada. Agora, a direita cancela, marginaliza e expulsa a esquerda da vida pública.
Se você votou no Lula, reflita. Não demonstre ódio por Trump enquanto mantém o padrão de vida que critica. Doe parte do seu patrimônio ou viva em Cuba para encarar a realidade que defende.
A esquerda perdeu a chance de liderar com ética e integridade. Não foi a direita que começou com a violência. Teremos tempos sombrios pela frente, porque a maioria da esquerda ainda não percebeu isso.
Stephen Kanitz. Consultor de empresas e conferencista brasileiro, mestre em Administração de Empresas da Harvard Business School e bacharel em Contabilidade pela Universidade de São Paulo.
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