segunda-feira, 10 de fevereiro de 2025

Associação cita Trump e processa COI por Khelif na Olimpíada Boxeadora Imane Khelif é intersexual

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Pleno.News - 10/02/2025 13h09 | atualizado em 10/02/2025 13h37

Imane Khelif na Olimpíada de Paris-2024 Foto: EFE/EPA/MOHAMMED BADRA

No embalo da decisão recente de Donald Trump sobre atletas transgêneros, a Associação Internacional de Boxe (IBA) afirmou, nesta segunda-feira (10), que vai apresentar queixas criminais contra o Comitê Olímpico Internacional (COI) nos Estados Unidos, na França e na Suíça, por ter permitido a presença das boxeadoras Imane Khelif e Lin Yu-Ting na Olimpíada de Paris-2024.

As atletas foram alvo de denúncias de que seriam transgêneros, mas negaram publicamente e contaram com o apoio do COI e da organização dos Jogos de Paris.

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Uma ordem executiva do presidente dos Estados Unidos sobre atletas transgêneros foi citada nesta segunda pela entidade que representa o boxe amador, banida da Olimpíada, para justificar a apresentação de queixas criminais.

– De acordo com a lei suíça, qualquer ação ou inação que represente um risco de segurança para os participantes da competição justifica uma investigação e pode servir de base para um processo criminal – disse a IBA, acrescentando que “queixas semelhantes devem ser apresentadas aos procuradores-gerais da França e dos EUA”.

A IBA, financiada pela empresa estatal de energia russa Gazprom, também prometeu assessoria jurídica gratuita às boxeadoras para que elas possam mover processos contra o presidente do COI, Thomas Bach, e outras autoridades olímpicas de alto escalão.

– A ordem do presidente Trump de banir os atletas transgêneros do esporte feminino valida os esforços da IBA para proteger a integridade dos esportes femininos – disse o presidente da entidade de boxe, Umar Kremlev.

As ameaças na Justiça intensificam uma longa disputa entre a agora exilada IBA e o COI – e Kremlev contra Bach -, que assumiu o controle dos torneios de boxe nas duas últimas edições dos Jogos Olímpicos.

O COI sempre afirmou que as boxeadoras Imane Khelif, da Argélia, e Lin Yu-Ting, de Taiwan, cumpriram todas as regras de gênero do torneio olímpico.

Khelif e Lin foram desqualificadas do Mundial de 2023, realizado pela IBA, que afirmou que elas não passaram nos testes de elegibilidade. Um ano depois, nos Jogos de Paris-2024, ambas se sagraram campeãs olímpicas de suas categorias.

Trump assinou a ordem executiva, intitulada “Keeping Men Out of Women’s Sports” (Mantendo os homens fora dos esportes femininos, em tradução livre), que visa proibir a participação de atletas transgêneros em esportes femininos e de meninas.

A próxima edição da Olimpíada será realizada em Los Angeles, em julho de 2028, durante o mandato presidencial de Trump. E ele pediu ao COI na semana passada que mudasse tudo “que tenha relação com esse assunto absolutamente ridículo”.

*AE

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