Monique Mello - 04/02/2025 12h53 | atualizado em 04/02/2025 13h56

Mais de 50 cidades brasileiras decidiram aderir à Lei Anti-Oruam. O projeto, de autoria da vereadora de São Paulo Amanda Vettorazzo (União Brasil), tem como objetivo proibir shows abertos ao público menor de idade que promovam apologia ao crime organizado.
Entre as cidades que querem fazer o mesmo, estão as capitais Rio de Janeiro, Porto Alegre, Natal, Cuiabá, Belém e outras. O projeto leva o nome do rapper Oruam, que canta músicas repletas de referências ao crime, drogas, prostituição e sexo.
Leia também1 Líder do MBL, Amanda Vettorazzo registra B.O. contra MC Oruam
2 Amanda Vettorazzo denuncia ameaças e critica governo Lula
3 PCC bancou viagem de diretor de documentário, diz polícia
4 Rapper Oruam quer aceitar Jesus antes de morrer, revela irmã
5 Cristã, filha de Marcinho VP, irmã de Oruam: conheça Débora Gama
Outros políticos manifestaram interesse no projeto, como o governador de Santa Catarina Jorginho Mello (PL-SC), o senador Cleitinho (Republicanos-MG), o deputado federal Kim Kataguiri (União Brasil-SP) e os deputados estaduais Guto Zacarias (União Brasil-SP), Sargento Reginauro (União Brasil-CE) e Eduardo Azevedo (PL-MG).
Oruam é filho do traficante Marcinho VP, que está preso desde 1996. Oruam constantemente usa sua visibilidade para fazer manifestações e pedir liberdade para o pai. Nas redes sociais, o rapper se manifestou sobre o projeto de Amanda. Ele disse que é revoltado por ter crescido sem pai e que aceita ser alvo da mídia, que precisa ter um vilão.

– Saiu um vídeo recente do meu irmão, [em] um festival. No vídeo, o entrevistador pergunta pra ele: “[Oruam], três coisas que você gostaria de fazer antes de morrer?”. Aí, (…) a primeira coisa que ele fala [é]: “Eu quero ver meu pai na rua, quero ter dez filhos”; e depois ele fala assim: “Eu quero aceitar Jesus, quero entrar pra igreja” – contou.
Mesmo com as acusações que pesam sobre o pai de Débora, o traficante Marcinho VP, a cantora, que é evangélica, acredita que Deus tem um chamado para a família dela. Para a jovem, o retorno de Mauro [nome de batismo de Oruam] à igreja é apenas uma “questão de tempo”, pois ele sabe quem é o caminho, a verdade e a vida.
Nenhum comentário:
Postar um comentário