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A Embaixada dos Estados Unidos no Brasil informou, em nota divulgada nesta quarta-feira (9/7), que tem acompanhado “de perto” a situação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e dos familiares dele.
“Jair Bolsonaro e sua família têm sido fortes parceiros dos Estados Unidos. A perseguição política contra ele, sua família e seus apoiadores é vergonhosa e desrespeita as tradições democráticas do Brasil. Reforçamos a declaração do presidente Trump. Estamos acompanhando de perto a situação”, informou a embaixada norte-americana em nota enviada ao Metrópoles.
“Não comentamos sobre as próximas ações do Departamento de Estado em relação a casos específicos”, concluiu a representação diplomática.
A nota sucede a declaração do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que defendeu que o “julgamento” de Jair Bolsonaro ocorra nas eleições. “O único julgamento que deveria estar acontecendo é um julgamento pelos eleitores do Brasil — chama-se eleição. Deixe Bolsonaro em paz”, escreveu o republicano na Truth Social.
Em resposta a Trump, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem reforçado que o Brasil é um “país soberano” e que não vai aceitar a interferência de outros países nas decisões domésticas.
“Não aceitamos intromissão de quem quer que seja nas nossas decisões soberanas, do jeito que nós cuidamos do nosso povo e nós defendemos o multilateralismo, porque foi o sistema que depois da segunda guerra mundial que permitiu que o mundo chegasse no estado de harmonia que está sendo deformado hoje com o instrumento do extremismo”, disse Lula.
Bolsonaro é réu no STF
A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) tornou réus Jair Bolsonaro e outros sete aliados em uma ação penal sobre uma suposta tentativa de golpe para manutenção do ex-presidente no poder, após as eleições de 2022.
Para a Procuradoria-Geral da República (PGR), o ex-presidente e os sete aliados são considerados como o núcleo central da “organização criminosa”. Também fazem parte desse grupo: Alexandre Ramagem, Almir Garnier Santos, Anderson Torres, Augusto Heleno, Mauro Cid, Paulo Sérgio Nogueira e Braga Netto.
Além do processo no STF, Jair Bolsonaro foi considerado inelegível em dois casos pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Um deles diz respeito a abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação. A Corte Eleitoral julgou a conduta do ex-presidente em uma reunião com embaixadores, realizada no Palácio da Alvorada em 2022.
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