Anteriormente, Lula desmarcou a conversa, por uma leve indisposição de saúde. Em junho, Lula iria a um banquete oferecido pelo saudita em sua homenagem, em Paris, na França.

Por Redação, com agências internacionais - de Nova Délhi

A reunião entre os governo brasileiro e saudita foi cancelada, neste sábado, pouco antes do horário marcado. O príncipe herdeiro e primeiro-ministro da Arábia Saudita, Mohammed Bin Salman Al Saud, alegou uma “situação de urgência na delegação” presente na capital indiana para justificar o cancelamento do encontro bilateral.

ONG acusa Mohammed bin Salman de ser o mandante do assassinato do jornalista Jamal Ahmad Khashoggi
ONG acusa Mohammed bin Salman de ser o mandante do assassinato do jornalista Jamal Ahmad Khashoggi© Fornecido por Correio do Brasil

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) está presente à Cúpula do G-20, na Índia. Segundo a Presidência da República, o governo saudita desmarcou a conversa no início da manhã, sem especificar qual situação de urgência motivou o cancelamento. Esta é a segunda vez que se desmarca horas antes de ocorrer um encontro formalmente agendado entre Lula e o príncipe saudita.

Anteriormente, Lula desmarcou a conversa, por uma leve indisposição de saúde. Em junho, Lula iria a um banquete oferecido pelo saudita em sua homenagem, em Paris, na França. O petista afirmou que remarcaria a conversa para quando fosse possível e disse que havia interesse do Brasil em receber investimentos externos do pais árabe, principal parceiro comercial no Oriente Médio.

Dissidente

Segundo relatório de inteligência dos EUA, divulgado em 2021, Bin Salman aprovou uma operação para capturar e matar o jornalista Jamal Ahmad Khashoggi, crítico do regime de sua família, num consulado do país em Istambul, na Turquia, em 2018. O corpo do jornalista dissidente foi desmembrado, e seus restos mortais nunca foram encontrados.

Ainda assim, o dirigente saudita recebeu imunidade nos EUA contra um processo movido pela ex-noiva de Khashoggi, depois de ter sido formalmente nomeado para a chefia do governo em Riad, em setembro do ano passado.