A prefeita do município de Vitorino Freire (MA), Luanna Rezende, irmã do ministro das Comunicações, Juscelino Filho (União-MA), é um dos alvos da Operação Benesse da Polícia Federal nesta sexta-feira, 1. Ela foi afastada do cargo por suspeita de envolvimento em desvios da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf). A Pf A investigação, iniciada em 2021, também cita o ministro, mas não há mandados contra ele nesta sexta. As verbas desviadas seriam de emendas parlamentares destinadas a Juscelino Filho quando ele era deputado federal. Segundo a PF, o objetivo é “desarticular uma organização criminosa estruturada para promover fraudes licitatórias, desvio de recursos públicos e lavagem de dinheiro, envolvendo verbas federais da Codevasf”. Agentes cumprem 12 mandados de busca e apreensão expedidos pelo ministro Luís Roberto Barroso, do STF (Supremo Tribunal Federal), em São Luís/MA, Vitorino Freire/MA e Bacabal/MA. Também foram suspensas licitações e contratos com órgãos públicos e há ordens de indisponibilidade de bens de envolvidos, informou a PF em comunicado.
Em nota, a defesa do ministro Juscelino Filho negou irregularidades (leia abaixo). A reportagem também entrou em contato com a prefeitura de Vitorino Freire e com a Codevasf para posicionamentos, mas não obteve retorno até esta publicação.
Leia nota da defesa de Juscelino Filho sobre o caso:
“Toda atuação de Juscelino Filho, como parlamentar e ministro, tem sido pautada pelo interesse público e atendimento da população. É importante ressaltar que Juscelino Filho não foi alvo de buscas e que o inquérito servirá justamente para esclarecer os fatos e demonstrar que não houve qualquer irregularidade. Emendas parlamentares, vale dizer, são instrumentos legítimos e democráticos do Congresso Nacional e Juscelino Filho segue à disposição, como sempre esteve, para prestar esclarecimentos às autoridades.
Ticiano Figueiredo e Pedro Ivo Velloso, advogados de Juscelino Filho
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