segunda-feira, 29 de janeiro de 2024

Cura natural: conheça frutas que podem melhorar a gastrite e ajudar defesas do corpo

O verão se revela a estação propícia para explorar as delícias das frutas, aproveitando sua frescura, sabores distintos e a riqueza de vitaminas e minerais. Dentro desse universo, as frutas exóticas oferecem uma opção intrigante para aqueles que desejam experimentar novos paladares e priorizar a saúde. A graviola, apelidada de “o doce milagre tropical”, destaca-se entre essas opções, sendo elogiada por especialistas em saúde devido às suas propriedades benéficas.

Originária da América Central e do Caribe, a graviola prospera desde o Brasil até o México, estendendo-se também a regiões tropicais da Ásia, como as Filipinas, e até mesmo na zona de Málaga, Espanha.


Conhecida cientificamente como Annona muricata, essa pequena fruta oval pode pesar até três quilos e alcançar cerca de 50 centímetros de diâmetro. Sua casca verde escura, adornada com pequenos espinhos, abriga uma polpa branca agridoce, assemelhada ao sabor do abacaxi, repleta de minúsculas sementes pretas. Pertencente à família Annonaceae, a graviola, que não ultrapassa oito metros de altura, é caracterizada por ramos avermelhados e enrugados, além de folhas duras e lisas.

Yael Hasbani, especialista em Nutrição Holística, destaca que os alimentos dessa família possuem características medicinais, sendo fontes importantes de antioxidantes e fibras naturais, que previnem o desenvolvimento de doenças e promovem a saúde digestiva. A graviola, seja a fruta, a casca, a raiz ou as folhas, é versátil para consumo, podendo ser incorporada em culinárias, sucos, shakes e chás.

Quais são os benefícios da Graviola?

A graviola é reconhecida como um alimento nobre, conforme evidenciado por dados nutricionais. Um relatório do portal especializado em saúde, Healthline, destaca que a graviola é composta por cerca de 66 calorias, um grama de proteína e 16,8 gramas de carboidratos a cada 100 gramas. Composta majoritariamente por água, a graviola é elogiada por manter a hidratação e evitar a retenção de líquidos.

Rica em antioxidantes, a graviola é recomendada para fortalecer as defesas do organismo, prevenir doenças crônicas, problemas cardiovasculares, hipertensão, gripes e resfriados. Destaca-se também por seu alto teor de vitamina C, essencial para evitar danos celulares causados pelos radicais livres.

Sol Vázquez, licenciada em Nutrição Integral, destaca as propriedades antibacterianas da graviola devido à presença de antraquinonas, que atuam contra as bactérias. Além disso, a graviola é elogiada por prevenir osteoporose e anemia, graças ao seu teor elevado de cálcio, fósforo e ferro. Fisicamente, a fruta possui características antirreumáticas, contendo terpenos que favorecem o relaxamento muscular, aliviam a dor reumática e combatem a insônia.


Devido ao potássio presente, que ajuda a manter o equilíbrio da pressão arterial, e à ausência de sódio, a graviola contribui para o relaxamento das artérias, permitindo o fluxo sanguíneo sem pressão. A presença significativa de fibra na polpa da graviola a torna ideal para combater problemas estomacais, regular o trânsito intestinal, manter a microbiota saudável e equilibrar o colesterol LDL.

O consumo de graviola é recomendado para pessoas com diabetes tipo 2, devido à fibra que retarda a absorção de carboidratos. Além disso, a fibra proporciona saciedade, tornando a graviola uma opção apropriada para quem busca controlar o peso corporal.


Como consumir a graviola?

Os especialistas recomendam o consumo da graviola fresca, crua e inteira para preservar todas as suas propriedades. Ao pressionar delicadamente a casca com os dedos, é possível verificar sua maturidade, que deve ser macia, mas não totalmente mole. O armazenamento na geladeira por até cinco dias é sugerido, ou a graviola pode ser descascada, com as sementes removidas, cortada e congelada em porções para uma durabilidade de três meses.

Para consumo, a graviola pode ser cortada ao meio para extrair a polpa, removendo as sementes, ou descascada e cortada em rodelas para adicionar a saladas, iogurtes, granolas ou bebidas. No entanto, é essencial evitar o consumo das sementes, pois contêm uma neurotoxina chamada anonacina, relacionada a doenças neurodegenerativas.

Embora a graviola seja altamente benéfica, mulheres grávidas e lactantes devem ter cautela, pois suas propriedades podem afetar a qualidade do leite. O consumo das folhas em infusão também deve ser evitado, pois pode causar intoxicação, sendo recomendável consultar um profissional de saúde antes.

Com sua versatilidade e benefícios à saúde, a graviola se destaca como uma adição valiosa à dieta durante a temporada de verão.

Com informações O Globo

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